Empresa pretende minerar o fundo do mar
Prática pode render metais como níquel e cobalto, essenciais para fazer baterias, mas também é controversa.
A companhia se chama The Metals Company, tem sede em Vancouver, na Austrália, e deve começar a explorar o solo oceânico já nos próximos anos: a ideia é iniciar a comercialização de níquel, cobalto, cobre e manganês extraídos do fundo do mar em 2024.
A empresa deseja explorar a Zona Clarion-Clipperton, uma faixa horizontal de 7.000 km do Oceano Pacífico que fica na altura do México. Essa região é rica em “nódulos polimetálicos”, aglomerados de vários metais que parecem bolas – e ficam espalhadas pelo fundo do mar, a 5.000 metros de profundidade.
A Metals Company pretende construir uma espécie de submarino autônomo que irá aspirar essas bolotas (como elas já estão soltas, não é preciso perfurar o solo oceânico) e levá-las até um navio, que as transportará até uma usina onde serão derretidas para extração dos metais.
A empresa já assinou contratos com Kiribati, Nauru e Tonga, três países que controlam parte da Zona Clarion-Clipperton. Ela diz que sua operação não terá impacto ambiental, mas biólogos temem que a mineração marinha possa devastar ecossistemas – e extinguir espécies que ainda nem são conhecidas.