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Espécies extintas são descobertas vivas em expedição até “cidade perdida”

A "Cidade Perdida do Deus Macaco", em Honduras, não escondia apenas valiosos vestígios arqueológicos, mas também uma rara biodiversidade.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 28 jun 2019, 15h01 - Publicado em 26 jun 2019, 18h11

Engana-se quem acha que os Maias foram os únicos povos que sumiram de repente da América Central: nas profundezas da selva hondurenha de La Mosquitia, encontra-se a Cidade Perdida do Deus Macaco. Também conhecida como Cidade Branca, acredita-se que ela tenha sido desabitada há cerca de 600 anos.

Só em 2012, expedições reunindo antropólogos e arqueólogos descobriram partes de uma aldeia abandonada naquela região – incluindo vestígios de praças, pirâmides e uma série de peças artesanais feitas de pedra. O mistério de por que e como as pessoas desapareceram dali continua, mas uma nova expedição comprovou que os vestígios arqueológicos não são a única riqueza da “cidade perdida”: ela abriga várias espécies raras e únicas, incluindo espécimes nunca antes catalogadas e até bichos consideradas extintos.

Essa expedição reuniu uma equipe de cientistas liderada pelo Programa de Avaliação Rápida (RAP) da ONG Conservation International, em parceria com o governo de Honduras. O objetivo era entender a biodiversidade da área e ajudar o governo do país a desenvolver políticas e estratégias para protegê-la.

Após 3 semanas na selva e cerca de 2 anos de análise e estudo de material (a expedição aconteceu em 2017, mas o relatório das descobertas só foi liberado agora) uma gama enorme de espécies foi encontrada: 246 espécies de borboletas e mariposas, 198 de aves, 57 de anfíbios e répteis, 40 de pequenos mamíferos, 30 de grandes mamíferos – como onças, pumas e jaguatiricas – 13 peixes e 183 espécies de plantas, além de insetos e roedores.

“Nossa equipe ficou chocada com a descoberta da biodiversidade tremendamente rica, incluindo muitas espécies raras e ameaçadas de extinção. A “Cidade Branca” é uma das poucas áreas remanescentes na América Central onde os processos ecológicos e evolutivos permanecem intactos”, disse Trond Larsen, Diretor do RAP.

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O mais valioso disso tudo é que, em uma área particular do complexo, chamada Cidade da Onça, os pesquisadores descobriram três espécies que haviam sido declaradas extintas. Elas são o morcego pálido, não visto em Honduras há mais de 75 anos, a falsa coral de três cores, extinta desde 1965 e o besouro-tigre, que até agora acreditava-se ser natural da Nicarágua (nunca havia sido visto em Honduras) e que também se acreditava estar extinto. Confira imagens dos três:

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O morcego pálido (Conservation International/Divulgação)
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A falsa coral de três cores (Conservation International/Divulgação)
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O besouro-tigre (Conservation International/Divulgação)

À luz das descobertas arqueológicas e científicas, o presidente hondurenho Juan Orlando criou uma fundação, a Kaha Kamasa, para promover pesquisas científicas e aumentar o monitoramento e a proteção da floresta tropical ao redor dos sítios arqueológicos da Cidade Perdida do Deus Macaco.

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