Ciência

EUA liberam o uso da primeira vacina para abelhas

Produto, que é feito com bactérias mortas e deve ser aplicado nas colmeias, promete proteger as abelhas de uma doença grave

Por Bruno Garattoni SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 6 mar 2023, 14h51 - Publicado em 16 fev 2023, 11h10

Ilustração 3D de um frasco de vacina com tampa aberta, cheio de mel, com uma abelha na borda e outra voando perto. No rótulo do frasco, ícones de favo de mel. — (Mariana Andrello/Letícia Kamioka/Superinteressante)

O imunizante promete evitar uma doença chamada “cria pútrida americana”, que é causada pela bactéria P. larvae e mata os filhotes das abelhas – que literalmente apodrecem antes de nascer.

Ela foi descoberta no século 19, e é um problema sério: as colmeias contaminadas têm de ser incineradas para evitar que os insetos espalhem a infecção, que é bem difícil de conter – pois a bactéria forma esporos capazes de sobreviver por décadas.

A vacina, criada pela empresa americana Dalan Animal Health, é feita com P. larvae morta. Ela deve ser adicionada à geleia real, que as abelhas produzem para alimentar as larvas e a rainha da colmeia.

Dessa forma, os insetos são expostos a uma forma inofensiva da bactéria – e desenvolvem resistência à doença, que é considerada uma das responsáveis pela queda na população global de abelhas nas últimas décadas.