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Expectativa de vida não está crescendo tanto quanto deveria, descobre estudo

A expectativa de vida parou de crescer 2010 pois teríamos alcançado o limite. Agora é hora de explorar uma nova perspectiva: o envelhecimento

Por Manuela Mourão
7 out 2024, 18h00

No início do século 20, enquanto a expectativa de vida de outros países era de 47 anos, aqui no Brasil a média prevista era de apenas 33 anos. Isso porque ainda éramos vítimas de doenças infecciosas, como a tuberculose e a pneumonia. Com a chegada da tecnologia, os avanços médicos foram quase simultâneos, o que contribuiu para um salto da expectativa para 52 (69 nos países mais desenvolvidos), período que ficou conhecido como extensão radical da vida. 

Mas, novos estudos mostraram que, mesmo com os avanços do século 21, o crescimento na taxa da expectativa de vida ainda está mais lenta do que no século passado e aparenta poder não passar pelo salto que teve anos atrás. 

De acordo com o estudo, publicado na Nature Aging, o esperado é que nas próximas três décadas, o aumento seja só de 2.5 anos. Para que chegassem nessa conclusão, os pesquisadores investigaram as tendências nas expectativas de vida entre os anos de 1990 e 2019, analisando dados das nove populações que vivem mais tempo: Austrália, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália, Japão, Suécia, Suíça e Hong Kong. 

A equipe descobriu que desde 2010, a extensão de vida vem desacelerando, com chances mínimas de chegarem até os 100 anos, com as mulheres alcançando o centenário em apenas 5,1% dos casos, enquanto para os homens a probabilidade é menor ainda, com 1,8% de chance.  Das crianças que nasceram em 2019 em Hong Kong, 12,8% das mulheres poderão chegar aos 100 anos, e dos homens, apenas 4,4%. 

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Jay Olshansky, professor de epidemiologia na Universidade de Illinois, Chicago, e um dos autores do estudo, sugere que uma possível explicação para essa desaceleração seja que a humanidade alcançou o limite final de expectativa de vida. 

Agora, o desafio é outro: aprender a lidar com os riscos que vêm com o envelhecimento, como danos nas células de tecidos que ocorrem ao longo da vida ou doenças que ocorrem especialmente em pessoas mais velhas. Esse é, muitas vezes, o caso do Alzheimer e até mesmo do câncer. 

Apesar disso, Olshansky, diz que desenvolver cura para essas enfermidades seria como colocar um Band-Aid temporário na sobrevivência. “Claro que é preciso esforços para desenvolver melhores tratamentos – e, eventualmente, curas – para que as pessoas vivam o suficiente para experimentar o envelhecimento, mas que é preciso investigar as raízes desse processo “, disse ao Live Science.

A pesquisa sugere que, para avançar ainda mais na idade média de vida, são necessários mais estudos na área da gerociência – ramo que analisa o processo do envelhecimento biológico –  do que apenas investigações isoladas sobre essas doenças.  “Agora, precisamos nos concentrar na fabricação do bem mais precioso da Terra, que é a vida saudável”, falou o professor. 

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O epidemiologista diz que explorações desse processo podem ajudar a manter as pessoas “mais novas” por mais tempo, através da reversão do envelhecimento celular. Alguns estudos recentes estão desenvolvendo medicamentos que podem retardar o desgaste celular,  através de extensões feitas nos telómeros, capas localizadas nas extremidades dos cromossomos, que costumam diminuir com o tempo.  

Vale ressaltar, que expectativa de vida neste contexto, diz respeito à média que um grupo de indivíduos pode esperar viver e não o máximo de anos que um humano pode viver.

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