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Formigas preferem a esquerda

Na verdade, elas são canhotas, e um novo estudo explica essa preferência

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 19 abr 2018, 12h23 - Publicado em 13 abr 2018, 14h44
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  • A característica que justifica usarmos mais um dos lados do corpo que o outro é conhecida como lateralidade comportamental. Um exemplo clássico disso são as pessoas canhotas e destras, que são mais habilidosas com um lado específico. Cientistas acreditavam que isso estava restrito a humanos, mas novas pesquisas mostram evidências dessa divisão também em animais – e é aí que entra nossa formiga de esquerda.

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    Já se sabia que as formigas Temnothorax albipenni preferem fazer curvas à esquerda, principalmente quando estão explorando ambientes desconhecidos, como descobriu uma pesquisa realizada em 2014 pela Universidade de Bristol, na Inglaterra. Mas ainda faltava saber o que influenciava essa tendência entre elas.

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    A lateralidade comportamental tem origem em estruturas assimétricas do cérebro, como no caso dos humanos, que possuem funções diferentes para cada hemisfério. Mas ela também pode estar relacionada a assimetrias externas a esse órgão – diferentes comprimentos de patas e tamanho dos olhos, por exemplo. Foi esse último quesito que um novo estudo divulgado na revista Scientific Reports investigou: o quão bem as formigas conseguem enxergar com cada olho?

    Os olhos compostos das formigas são complexos, formados por inúmeras estruturas chamadas de omatídeos, capazes de captar a luz. Quanto mais omatídeos no olho, melhor a visão delas. Os cientistas detectaram que a maioria das formigas viram à esquerda porque elas geralmente possuem mais omatídeos no olho direito. Parece confuso? É que elas optam por andar com seu olho pior apontado para fora, e o melhor no centro, para detectar ameaças em estado de alerta.

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    Esse foi o primeiro estudo que relacionou assimetria dos olhos compostos com lateralidade comportamental em insetos. “É intrigante que a lateralidade comportamental esteja associada a assimetrias externas visíveis ​​no corpo, o que prova que os indicadores físicos de lateralidade não estão sempre ocultos no cérebro – e podem estar aguardando descobertas em todos os tipos de animais”, disse Edmund Hunt, um dos pesquisadores.

    Novos estudos agora pretendem relacionar essa tendência comportamental à vivência em sociedade, já que os animais que mais apresentam essa característica foram insetos como formigas e abelhas. O próximo passo para pesquisas futuras é analisar, comparativamente, a assimetria dos olhos compostos entre espécies sociais e não-sociais da mesma família, como abelhas que vivem em colmeias e as que se mantêm solitárias.

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