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Gatos domésticos chegaram à China pela Rota da Seda há 1.400 anos

Uma análise sugere os animais domésticos mais populares da China chegaram como presentes de diplomatas e comerciantes.

Por Manuela Mourão
Atualizado em 1 out 2025, 10h08 - Publicado em 12 mar 2025, 19h00

Para que o seu gatinho pudesse ronronar e “amassar pão” na sua casa hoje, foram necessários milhares de anos de domesticação. Muitos antepassados dos gatos vieram do Egito, da Sérvia e da Polônia. Outra origem é a Turquia, onde, cerca de 10 mil anos atrás, o povo de Anatólia começou um processo de 7 mil anos de adoção de gatos selvagens. Foi de lá que muitos felinos saíram e se distribuíram pela Europa.

Mas eles não se mantiveram estáticos: os gatos participaram de diversas expedições e trocas comerciais até pararem na China. Hoje, são os animais de estimação mais populares entre os chineses. 

Um novo estudo descobriu que esses felinos chegaram ao país asiático mais de 1.500 anos após sua introdução na Europa, por volta de 600 d.C. O artigo, que ainda não foi revisado por pares, diz que os animais eram um dos muitos bens que viajavam para o leste na Rota da Seda, a longa rede de comércio que conectava a Ásia com a Europa entre o século II a.C. e o século XV d.C.

Os animais eram oferecidos à elite chinesa por comerciantes vindos do Ocidente. E o agrado deu certo: os gatos se popularizaram tanto que foram incluídos em religiões dos povos da época. Shun-Jin Luo, principal autora da pesquisa, contou ao site Live Science, que os pets eram considerados “animais de estimação exóticos e valiosos”. 

Imagem da época que os gatos domésticos começaram a se espalhar para a China a partir do Oriente Médio há cerca de 1.400 anos.
(Wikimedia Commons/Reprodução)
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Ela menciona que chineses antigos realizavam ritos religiosos quando levavam um gato para casa. “Eles eram vistos como convidados de honra, não como meros bens.”

Para o estudo, Luo e sua equipe analisaram os restos mortais de 22 gatos desenterrados em 14 sítios arqueológicos chineses. Os corpos correspondiam a datas variando de 5 mil anos.

Então, dividiram os fósseis em duas espécies: Prionailurus bengalensis, um pequeno gato-leopardo selvagem, que não passou pelo processo de domesticação, mas vivia entre humanos; e Felis catus, o gato doméstico que veio dos gatos selvagens. Dos 22 esqueletos analisados, 14 tinham o mesmo traço genético no DNA mitocondrial, conhecido como clado IV-B. 

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Acontece que esse traço é raro entre gatos domésticos da Europa e da Ásia Ocidental. Porém, é comum em países da Ásia Central, como no Cazaquistão. Pesquisadores encontraram materiais genéticos parecidos em estudos publicados sobre um gato que viveu em algum momento entre 775 e 940 d.C. na cidade de Dhzankent, Cazaquistão.

Esse animal é o gato doméstico mais antigo conhecido na Rota da Seda, que teve o apogeu  entre 500 e 800 d.C. A data encaixa perfeitamente com o que, de acordo com o estudo, seria o gato doméstico mais antigo da China. Ele teria vivido em Shaanxi, no centro do país, entre 706 e 883 e, assim como a maioria dos pets chineses hoje em dia, esse felino teria pelos curtos, brancos e uma cauda longa.

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Para a revista Science, Luo diz que o estudo mostra que o animal doméstico mais popular na China tem origem no Oriente Médio e chegou ao país pela rota comercial. “Antes, havia apenas especulação, essa é a primeira evidência científica.”

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