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Gripe aviária dizimou populações de elefantes-marinhos no Atlântico Sul

Mais de 50 mil fêmeas – 47% do total – morreram desde a chegada do vírus, revelou um novo estudo.

Por Bruno Carbinatto
16 nov 2025, 19h14

Um surto de gripe aviária em uma ilha remota no sul do Atlântico devastou a maior população de elefantes-marinhos do mundo, revelou uma nova análise. Desde que o vírus H5N1 chegou à ilha de Geórgia do Sul, em 2023, o número de fêmeas reprodutoras caiu 47% nas três maiores colônias da comunidade, segundo o estudo.

Se o declínio populacional for semelhante em todas as colônias da ilha, isso significa que mais de 50 mil fêmeas reprodutoras podem ter morrido por causa da doença.

Os dados são um alerta vermelho duplo: mostram que o vírus já está causando danos consideráveis à fauna isolada e também que está cada vez mais adaptado para infectar mamíferos, podendo ser uma ameaça ainda maior no futuro para humanos. Embora indivíduos possam ser infectados e pegar gripe aviária, ainda não há registro de transmissão de pessoa para pessoa.

O estudo foi feito por cientistas do British Antarctic Survey usando imagens de drones e publicado na revista Communications Biology.

A ilha da Geórgia do Sul abriga metade da população mundial de elefantes-marinhos (Mirounga leonina) em idade reprodutiva, aproximadamente. As imagens revelaram que, nas três maiores colônias (que representam 16% das fêmeas reprodutoras), a queda na população foi de 47%, em média, entre 2022 e 2024. No pior dos casos, a redução foi de 60%.

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“A dimensão desse declínio é verdadeiramente chocante”, diz Connor Bamford, ecólogo marinho e um dos autores do estudo. “Em anos normais, podemos observar variações de cerca de 3% a 7%, mas ver quase metade da população reprodutora sumir é algo sem precedentes. Isso representa aproximadamente 53.000 fêmeas desaparecidas em toda a população da Geórgia do Sul.”

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Não é a primeira vez que o vírus da gripe aviária causa caos entre elefantes-marinhos nos últimos anos. Em algumas colônias da América do Sul, especialmente na Argentina, a população chegou a cair 70% por causa da doença. O caso da Geórgia do Sul é ainda mais preocupante, porém, porque a ilha remota, quase na Antártica, era considerada um local isolado com uma população estável.

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O H5N1 é um vírus de Influenza altamente letal e transmissível que circula principalmente entre aves. Nos últimos anos, uma variante passou a infectar também vários mamíferos – ursos, vacas, gatos domésticos etc. 

“A aparente perda de quase metade da população de fêmeas reprodutoras tem sérias implicações para a estabilidade da população [de elefantes-marinhos]”, afirmam os pesquisadores no artigo. “Essas descobertas destacam a necessidade urgente de um monitoramento contínuo e intensivo.”

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