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Humanos têm pico de envelhecimento aos 44 e 60 anos de idade

Examinando 108 pessoas entre 25 e 75 anos, cientistas identificaram as idades em que o corpo sofre mais mudanças.

Por Eduardo Lima
15 ago 2024, 10h00

Envelhecer é um processo demorado, linear, com efeitos cumulativos e sem grandes surpresas de um dia para o outro. Ou será que não? Um novo estudo realizado pela Universidade de Stanford e publicado na revista Nature Aging sugere que há dois picos de envelhecimento intenso na vida: aos 44 e aos 60 anos de idade.

O estudo analisou milhares de moléculas diferentes em pessoas de 25 a 75 anos. Duas grandes ondas de envelhecimento foram identificadas aos 44 e 60 anos, com aumento de problemas musculares, ósseos e cardiovasculares registrados perto dessas idades.

108 participantes coletaram amostras de sangue, fezes e esfregaço da boca, da pele e do nariz a cada 3 ou 6 meses. Esse processo se repetiu por 1,7 anos em média, chegando a quase 7 anos em alguns casos. Tudo isso rendeu cerca de 135 mil moléculas de RNA, proteínas, metabólitos e micróbios. Esses elementos passaram por grandes transformações não de forma cronológica, mas acompanhando os picos no meio dos 40 anos e no começo dos 60 anos.

O que muda?

A primeira hipótese dos cientistas para explicar as mudanças drásticas perto dos 44 anos estava relacionada à menopausa: segundo eles, as transformações causadas pela pré-menopausa e pela menopausa nas mulheres seriam tão intensas que alterariam os resultados do grupo todo. Olhando mais de perto, eles perceberam que isso não era verdade: o padrão de mudança se repetia entre os homens de mesma idade.

Essas mudanças dos 44 anos afetavam moléculas ligadas a doenças cardiovasculares e a habilidade para metabolizar cafeína, álcool e lipídios (ou seja, óleos e gorduras). O segundo pico, aos 60 anos, apresenta mudanças nas moléculas envolvidas com regulação imunológica, metabolismo de carboidratos e função renal. Nos dois momentos, moléculas ligadas ao envelhecimento da pele e dos músculos apresentaram transformações intensas.

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Um estudo prévio, de 2019, sugeriu um pico de envelhecimento aos 78 anos – idade que não foi analisada nesta pesquisa. Esses dois artigos corroboram as evidências de que o risco de doenças relacionadas ao envelhecimento não aumentam linearmente. O risco para Alzheimer e doenças cardiovasculares, por exemplo, sobe muito depois dos 60 anos.

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