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Médico aposentado descobre nova espécie de dinossauro narigudo

Estudante de paleontologia, ele percebeu a novidade ao catalogar fósseis atribuídos a uma outra espécie – e que estavam guardados desde 1978.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 9 jan 2023, 22h05 - Publicado em 11 nov 2021, 16h56
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  • Jeremy Lockwood é um clínico geral aposentado que decidiu se aventurar na paleontologia. O britânico, que faz PhD na Universidade de Portsmouth (Inglaterra), passou cerca de quatro anos desempacotando e catalogando ossos guardados nas coleções do Museu de História Natural de Londres e do Museu da Ilha dos Dinossauros, localizado na Ilha de Wight. Mas foi durante as restrições impostas pela pandemia que ele fez sua maior descoberta: uma espécie inédita de dinossauro.

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    Por mais de um século, os cientistas acreditaram que havia apenas dois tipos de dinossauros iguanodontes na Ilha de Wight, o Iguanodon bernissartensis e o Mantellisaurus atherfieldensis, já que apenas estes haviam sido registrados na região. Iguanodonte é um gênero de dinossauro herbívoro e bípede que habitou a Terra há cerca de 126 milhões de anos.

    Porém, enquanto estudava pedaços de crânio de um deles, Lockwood percebeu que ele tinha um osso nasal arredondado. Lembrava um “nariz de batata” – uma frente mais achatada com os lados mais abertos.

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    Como ex-médico e conhecedor da anatomia humana, Lockwood sabia que os ossos do Homo sapiens eram obrigatoriamente todos iguais – e que isso não seria diferente com os dinos. E acontece que o Mantellisaurus, espécie à qual o fóssil havia sido atribuído, possui o osso nasal mais reto.

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    O aposentado, que se propôs a medir e fotografar cada amostra estudada, percebeu ainda que o espécime não era apenas narigudo, mas também tinha um sorrisão: 28 dentes, enquanto o Mantellisaurus possuía 23 ou 24.

    Para descrever e nomear o novo animal, Lockwood contou com o auxílio de Dave Martill, professor da Universidade de Portsmouth, e de Susannah Maidment, pesquisadora do Museu de História Natural de Londres. Ele recebeu o nome Brighstoneus simmondsi – a primeira parte se refere à vila de Brighstone, na Ilha de Wight, que fica perto do local em que a ossada foi encontrada; a segunda é uma homenagem a Keith Simmonds, colecionador amador envolvido em sua descoberta.

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    De acordo com os pesquisadores, o dinossauro era herbívoro, tinha cerca de oito metros de comprimento e pesava aproximadamente 900 quilos. O artigo completo que descreve a descoberta foi publicado na última quarta-feira (10) no Journal of Systematic Palaeontology.

    Os ossos do Brighstoneus simmondsi estavam guardados desde 1978 – e a diferenciação da espécie aconteceu só agora, 43 anos depois. Os cientistas veem isso como um alerta para que seja realizada a reavaliação de antigos achados armazenados nos museus. A Ilha de Wight é o local em que mais foram encontrados dinossauros na Europa, e não seria nenhuma surpresa encontrar mais iguanodontes por lá.

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    Lockwood também não será um homem de um só sucesso. Ele está envolvido na descoberta da Garça do Inferno, uma espécie de dinossauro carnívoro relatada há cerca de duas semanas. Estes animais, que também viviam em Wight, tinham aproximadamente o tamanho de um ônibus, chifre, crânios que lembram os de crocodilos e caçavam animais nas margens de cursos d’água.

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