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Microfósseis encontrados no Alasca revelam presença de dinossauros no Ártico

Como os dinossauros poderiam viver nas regiões polares? Os pesquisadores acreditam que movimentos migratórios não são a resposta.

Por Luisa Costa
Atualizado em 26 jul 2022, 12h44 - Publicado em 8 jul 2021, 17h44
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  • Quando falamos em dinossauros, talvez você imagine esses antigos habitantes do planeta como protagonistas de florestas e savanas. Mas eles também marcavam presença nos polos, como já denunciaram evidências arqueológicas – fósseis e pegadas, por exemplo. O que intriga os cientistas é como os dinossauros sobreviviam (e se eles se reproduziam) nestas regiões, sob temperaturas congelantes e, ocasionalmente, meses inteiros de escuridão. 

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    Uma equipe de arqueólogos recentemente encontrou vários fósseis minúsculos no Alasca, ossos e dentes de bebês dinossauros. As descobertas foram relatadas e analisadas em um estudo publicado na revista Current Biology, que sugere que várias espécies passavam o ano todo no Ártico.

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    Os pesquisadores realizaram várias viagens à Formação Prince Creek, no norte do Alasca. Segundo Patrick Druckenmiller, autor principal do estudo, esse local é onde se encontram os fósseis dos dinossauros mais polares que conhecemos.

    Vasculhando encostas da Prince Creek – em um processo de recolher um punhado de areia e lama, deixar descongelar e então desenterrar e peneirar minúsculos fragmentos suspeitos –, os arqueólogos encontraram microfósseis de pelo menos sete espécies de dinossauros do final do período Cretáceo.

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    Fósseis encontrados pelos pesquisadores.
    Tamanhos comparativos de dentes imaturos e maduros dos dinossauros da Formação Prince Creek. (University of Alaska Museum of the North/Reprodução)

    Uma das hipóteses para a presença de dinossauros no Ártico é uma dinâmica de migração: alguns deles poderiam partir para a região polar e passar um período do ano por lá, por exemplo. Mas os fósseis de dinossauros bebês e de alguns que nem tinham nascido complicam um pouco essa teoria.

    Druckenmiller explica que é improvável que os dinossauros dessem à luz no Ártico e depois migrassem para climas mais quentes, porque os pequenos bebês não seriam capazes de realizar uma longa jornada antes do início de um inverno longo e frio. As estimativas do tempo de incubação dos ovos de dinossauros – que, aparentemente, podiam chegar a até seis meses – tornam o cronograma para migração bastante apertado.

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    Então, os pesquisadores acreditam que os dinossauros tinham algumas estratégias para viver por lá o ano inteiro, sob condições extremas – longos períodos de escuridão no inverno, temperaturas nada amigáveis e escassez de alimentos.

    Segundo Druckenmiller, é provável que alguns deles tivessem penas felpudas para ficarem aquecidos. Outra hipótese que as descobertas do estudo apoiam é de que os dinossauros não eram animais de sangue frio (como os lagartos), mas endotérmicos – ou seja, capazes de regularem sua temperatura corpórea para se manterem quentinhos (ou simplesmente não congelarem no Polo Norte).

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    Holly Woodward Ballard, paleontóloga que não participou do estudo, afirmou ao New York Times que outros comportamentos e estratégias de sobrevivência, como a hibernação, também são inteiramente possíveis, mas ainda não foram confirmados.

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