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Neandertais e humanos fizeram sexo por “pouco” tempo, sugere estudo

Análise mostra que as contribuições genéticas desses hominídeos extintos começaram há “apenas” 47 mil, mais recentemente do que se imaginava.

Por Bruno Carbinatto
2 jun 2024, 16h00

Quase todos os seres humanos – com exceção dos africanos – possuem trechos de DNA neandertal em seus genomas, prova cabal de que, no passado, nossa espécie procriou com esses hominídeos “primos” dos Homo sapiens. Mas detalhes de como e quando esse vuco-vuco ocorreu ainda não são totalmente compreendidos pela ciência.

Agora, um novo estudo chegou em algumas respostas. E concluiu que a temporada de transas entre humanos e neandertais foi recente – e relativamente curta.

Cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, compararam o genoma de 59 indivíduos que viveram entre 2,2 mil anos atrás e 45 mil anos atrás com o de 231 humanos modernos, a fim de tentar entender quando os genes neandertais começaram a aparecer nos Homo sapiens.

A amostragem incluiu pessoas de quase todo o globo, com exceção da África. Isso porque os humanos desse continente quase não carregam genes neandertais; essa espécie predominava na Europa e na Ásia. Já os Homo sapiens surgiram no continente africano e se espalharam pelo mundo.

Quando os humanos saíram da África rumo à Eurásia (algo que acontece entre 50 mil e 60 mil anos atrás), encontraram os neandertais por lá. A relação, presume-se, deve ter sido amigável, já que as espécies transaram entre si – e, como eram bem parecidas, podiam ter filhos. 

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O resultado é que, nos humanos modernos não africanos, algo como 2% dos genes são de origem neandertal – percentual que pode variar dependendo da região do globo. 

O que a nova análise descobriu, analisando os genomas numa grande linha do tempo, foi que as contribuições neandertais para o DNA humano ocorreram todas num período específico. Mais detalhadamente, a mistura de material genético começou a mais ou menos 47 mil anos atrás, e continuou por cerca de apenas 6,8 mil anos. 

Isso significa algumas coisas. A primeira: a “temporada de sexo” entre humanos e neandertais durou pouco. Sete mil anos parece muito, é verdade, mas acredite: é um intervalo breve diante a história evolutiva dos sapiens, ainda mais considerando que as contribuições genéticas dos neandertais foram bem significativas.

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A segunda é que esses encontros românticos começaram mais recentemente do que se pensava, segundo essa análise. Para se ter noção, as estimativas de quando os neandertais foram extintos dizem que isso aconteceu, mais ou menos, há 40 mil anos atrás. O novo artigo, então, relata que o sexo entre as espécies ocorria enquantos os neandertais já estavam prestes a sumir.

(A extinção dos neandertais, diga-se, ainda é um mistério para a ciência. Pesquisadores especulam que o sumiço pode ter sido resultado de uma combinação de fatores, como mudanças climáticas, competição com humanos e a introdução de novas doenças por conta do contato com os sapiens.)

O estudo está em fase de pré-print, o que significa que ainda não foi avaliado por outros cientistas e nem publicado numa revista científica.

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