O que é uma reação em cadeia?
Essa divisão libera outros nêutrons que, em seguida, reagirão com outras moléculas de urânio.
(Heliezer Soares Cabral Jr., Belo Horizonte, MG)
A expressão é usada, na física e na química, para se referir a qualquer reação cujos subprodutos disparam uma seqüência de reações idênticas, que se repetem até que sua matéria-prima se esgote. “São processos que se auto-sustentam, ou seja: que se mantêm funcionando sozinhos, livres de interferência”, afirma a física Alinca Lepine, da Universidade de São Paulo (USP). Um dos exemplos mais conhecidos é a fissão nuclear, com a qual se produz energia atômica dentro de um reator. A reação começa com uma molécula de urânio sendo bombardeada por um nêutron, o que faz com que seu núcleo se divida em duas partes praticamente iguais. Essa divisão libera outros nêutrons que, em seguida, reagirão com outras moléculas de urânio. Enquanto restarem núcleos desse elemento químico, eles continuarão se separando em dois. Na natureza, o modo como a gordura se torna rançosa também é uma reação em cadeia.
Efeito dominó
Fissão nuclear multiplica-se sozinha
1 – O urânio 235 tem esse nome porque o núcleo de sua molécula tem 92 prótons e 143 nêutrons: a soma das partículas dá uma massa de 235
2 – Dentro do reator, o núcleo é bombardeado com um nêutron e se transforma em urânio 236
3 – Absorvendo o novo nêutron, o núcleo de urânio torna-se “excitado”, isto é: altamente instável
4 – A instabilidade faz o núcleo se dividir em dois. Essa quebra libera três nêutrons, que irão produzir a mesma fissão em outros núcleos. Enquanto houver núcleos de urânio 235 no reator, a reação se repetirá