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Planta robótica procura locais iluminados por conta própria

Sempre sonhou com plantas que saibam a quantidade de luz ideal que precisam? O projeto Elowan, criado no MIT, pode tornar isso possível

Por Guilherme Eler
3 dez 2018, 19h47

Plantas não se locomovem, não emitem qualquer tipo de som ou sequer têm algo que possa ser chamado de cérebro. Ainda assim, não dá para negar que elas possuem inteligência ímpar.

Como você, fiel leitor da SUPER, acompanhou na edição de setembro, plantas podem trocar ideia com as vizinhas por baixo da terra, planejar vingança ou mesmo detectar água – sem precisar mover uma folha que seja. Não fosse o bastante, podem sentir mudanças no ambiente como presença ou ausência de luz, gravidade ou temperatura e responder a elas.

Tudo acontece graças a um complexo sistema de estímulos eletroquímicos. Enviados para órgãos e tecidos das plantas, eles atuam como sensores potentes, produzindo sinais que as colocam em contato direto com o mundo externo.

Um pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts) resolveu colocar essa refinada rede de estímulos à prova. Como? Integrando o corpo da planta, e os sinais eletroquímicos que ela produz naturalmente, a uma interface robótica. Quase um exterminador do futuro – só que com uma bromélia assumindo o lugar de Arnold Schwarzenegger.

“Elowan”, nome de batismo da planta-máquina, funciona de maneira simples. Quando a planta “enxerga” uma fonte de luz, os sinais eletroquímicos que ela libera interagem com eletrodos conectados no caule e folhas. Estes eletrodos captam os sinais, extremamente fracos, e os amplificam.

Uma vez que têm força suficiente para mover uma planta, tais sinais elétricos acionam um robô acoplado na base do vaso. A máquina, como se fosse as pernas mecânicas da planta, começa a carregá-la em direção à fonte luminosa. É como se, assim, o vegetal tivesse vontade própria para se locomover e pudesse sair perambulando por aí quando tem vontade, como você pode ver no GIF a seguir.

(MIT Media Lab/Creative Commons)

De acordo com o que disse em comunicado Harpreet Sareen, pesquisador que liderou o estudo, esse tipo de diálogo entre plantas e máquinas pode ser estendido e se tornar algo ainda mais complexo no futuro. Sareen argumenta que interações do tipo poderão servir, quem sabe, como forma de prover nutrição ou novos mecanismos de defesa para as plantas.

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Mesmo que as novas aplicações demorem um tempo para sair do papel, o fato é que o sonho de ter uma planta que sabe de cor seu lugar no jardim está cada dia mais próximo. Sorte daqueles pais-de-planta que costumam errar na mão quanto ao banho de Sol ideal para suas crias. Folhas amareladas, nunca mais.

Você pode entender melhor a ideia no vídeo abaixo, desenvolvido pelo MIT Media Lab.

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