Aos três meses de vida, passa muito bem o primeiro macaco-aranha nascido em cativeiro, proeza realizada no Centro de Primatologia, no Rio de Janeiro, único lugar do mundo onde essa espécie pode ser legalmente criada. O veterinário Alcides Pissinati, diretor do centro, anuncia que já está na expectativa de um novo parto. “Houve cruzamento, só não sabemos se ocorreu a fecundação.” A prociação em cativeiro é importante, em primeiro lugar, porque se acredita que mal chega a 1000 indivíduos a atual população de macacos-aranha, os maiores primatas do continente americano, com cerca de 15 quilos. Portanto, é séria a ameaça de extinção. Os maiores grupos conhecidos, com 150 animais no total, vivem nas reservas naturais de Barreiro Rico, em São Paulo, e de Caratinga, Minas Gerais. Em segundo lugar, os animais retidos no centro podem fornecer pistas sobre essa espécie. Seu período de gestação, por exemplo, ainda não pôde ser bem determinado, mesmo após o parto pioneiro de agora. Se a expectativa de Pissinati se confirmar, é possível que essa importante informação esteja disponível nos próximos meses.