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Pterossauros: 4 tipos de répteis voadores

Esses parentes dos dinossauros dominaram os céus do planeta por 160 milhões de anos. E voavam melhor que as aves modernas, segundo alguns cientistas.

Por Salvador Nogueira
12 abr 2019, 17h23

Antes que as aves e os mamíferos ganhassem os céus, havia os pioneiros vertebrados do ar: os pterossauros. Essas estranhas e fascinantes criaturas aladas estão tão associadas ao reinado dos dinossauros que muitos pensam que elas também pertencem ao mesmo grupo. Mas na verdade os pterossauros evoluíram paralelamente.

São parentes próximos dos dinos – quão próximos ainda é fruto de intensas discussões entre os paleontólogos –, mas pertencem a outro grupo. Um bem exclusivo, diga-se de passagem, composto só por eles. Uma das dificuldades em estabelecer o parentesco exato é a falta de um ancestral fossilizado que fosse meio réptil, meio pterossauro, ajudando a visualizar o caminho evolutivo.

Fato é que, antes deles, somente os insetos – invertebrados – conseguiam alçar voo. Alguns répteis até ensaiaram desenvolver os requerimentos necessários, mas no máximo conseguiam planar. Eis que então, lá pelo fim do período Triássico, cerca de 210 milhões de anos atrás, surgem os primeiros pterossauros conhecidos. “Audaciosamente indo aonde nenhum réptil jamais havia estado, esses intrépidos aeronautas entraram num novo reino – o céu aberto – e se desenvolveram”, diz David Unwin, da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Durante seu reinado, que terminou junto com o dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás, essas criaturas chegaram a atingir tamanhos enormes. O Quetzalcoatlus, por exemplo, tinha a envergadura de um pequeno avião, superior a 10 metros.

Anatomia

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(Jonathanlair / Corbis/Superinteressante)

1. Garras

Entender como eles voavam com isso não é complicado. Compreender como eles podiam caminhar já é outra história. Ao que parece, baseado em pegadas fósseis preservadas, eles andavam como quadrúpedes, usando as garras do meio das asas.

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2. Asas

Uma olhada superficial nos pterossauros pode passar a impressão de que as asas não são muito diferentes das dos morcegos – os mamíferos que, bem mais tarde, aprenderiam a voar. Mas não. A asa do pterossauro, além de cobrir toda a área entre as patas dianteiras e traseiras, era sustentada por um único dedo, que evoluiu para se esticar e aumentar sua envergadura. Outros três dedos mantiveram seu tamanho original e formavam uma garra bem no meio da asa.

3. Pelos

Fósseis que preservaram tecido mole – ou seja, tudo que não é osso – mostraram que os pterossauros tinham pelos sobre a maior parte do corpo. Essa cobertura, contudo, era estruturalmente diferente dos pelos que evoluíram entre os mamíferos.

Cara a cara

Eudimorfodonte

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(Jonathanlair / Corbis/Superinteressante)

Esse foi um dos primeiros pterossauros de que se tem notícia. Ele tinha cauda e pequeno porte, com uma envergadura modesta. Acredita-se que se alimentava de peixes que estivessem próximos à superfície da água e de insetos que cruzassem seu caminho pelo ar. A ponta da cauda tinha uma estrutura losangular que provavelmente ajudava o eudimorfodonte a controlar a direção do voo, como um flap de avião.

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Quetzalcoatlus

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(Valentyna / Rosskothen/Shutterstock)

Como a maioria dos pterossauros, essa criatura tinha os ossos ocos, que lhe propiciavam massa modesta. Um adulto devia pesar cerca de 250 quilos, para uma envergadura maior que a de um avião de pequeno porte. Imagina- se que ele engolisse dinossauros-bebês de uma vez com sua mandíbula desprovida de dentes.

Pteranodonte

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(Valentyna / Rosskothen/Shutterstock)

O pteranodonte é um dos maiores pterossauros que existiram, marcado por uma longa crista e pela ausência de dentes. Acredita-se que eles costumassem voar em bando e planar sobre a superfície do oceano à procura de peixes que agarravam e engoliam com seus bicos.

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Pterodáctilo

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(Valentyna / Rosskothen/Shutterstock)

O pterodáctilo foi o primeiro do grupo a ser descrito e identificado com um réptil voador, o que o tornou muito famoso, apesar de seu tamanho relativamente modesto. Ele tinha uma cauda curta e um pescoço comprido, o que fez dele uma criatura voadora mais competente.

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