Nada de tigres ou tubarões.
Fora o ser humano, a espécie mais perigosa do mundo é a flor acima, uma acácia. Além dela, caracóis e pássaros causam estragos que leão nenhum conseguiria fazer. São as chamadas espécies invasoras – seres levados pelo homem para regiões onde não existiam. Elas representam a segunda maior ameaça às espécies do planeta: apenas a destruição de habitats, como florestas, causa mais extinções do que eles.
O problema acontece porque as espécies de cada ilha ou continente evoluíram isoladamente e interagiram por milhões de anos até encontrarem um equilíbrio. Só que, nos últimos 500 anos, nossas viagens levaram de carona animais que vão de mosquitos a búfalos, que encontram no novo ambiente muita comida e quase nenhum predador. “Quando as novas espécies chegam, elas se adaptam ao meio e às vezes dominam a biodiversidade”, diz Sílvia Ziller, do Instituto Hórus, uma ONG que estuda o problema.
A situação é tão grave que a ONU tem um órgão permanente para ajudar países em emergência. Ninguém tem uma solução eficiente e muitas tentativas pioraram o problema. A Austrália, por exemplo, importou gatos selvagens para controlar uma praga de coelhos. Os felinos não só deixaram os coelhos em paz como quase destruíram várias aves nativas.
As espécies mais perigosas do planeta
Fonte: União Mundial para a Proteção da Natureza (UICN)