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Que bicho vem por aí

Hoje, sabemos muito mais sobre camundongos ¿ eles têm somente 14 genes que não são similares na nossa espécie ¿ que sobre nossos amigos caninos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h34 - Publicado em 31 jan 2004, 22h00

Alessandro Greco

O cachorro pode ser o melhor amigo do homem, mas, pelo menos no que se refere ao seqüenciamento de genes, não anda com essa bola toda. Hoje, sabemos muito mais sobre camundongos – eles têm somente 14 genes que não têm similares na nossa espécie – que sobre nossos amigos caninos. Mas essa escolha não é por acaso. Os ratinhos são muito utilizados em pesquisas científicas: muitos dos medicamentos que usamos são desenvolvidos e testados neles.

Outro que passou à frente do cão foi o chimpanzé, a espécie mais parecida geneticamente conosco. O primeiro esboço de seu genoma foi publicado em dezembro. É esperar para ver o que ela vai nos revelar, já que temos 99,2% dos genes idênticos aos desse primata. A descoberta de que somos tão parecidos com camundongos e chimpanzés é um exemplo de uma das mais poderosas ferramentas tornadas reais pelo seqüenciamento genômico: a comparação de diferentes espécies, que ajuda a entender o funcionamento dos genes humanos.

O cão, um boxer fêmea, finalmente terá sua vez (veja ao lado os próximos animais a serem seqüenciados e por quê). E há ainda uma lista de espera, que inclui bichos como gato, porco, macaco rhesus etc. Desde 1995, foram cerca de 150 genomas sequenciados, incluindo o do homem, publicado em 2001.

Quem define quais os bichos estudados é o órgão do governo americano National Human Genome Research Institute (NHGRI). A escolha é feita por um comitê a partir de sugestões de pesquisadores de todos os Estados Unidos. Se o NHGRI gostar da idéia, muda sua lista.

Além de bichos famosos, há seres pouco conhecidos de quem não é do ramo. É o caso do Oxytricha trifallax, um protozoário unicelular usado em pesquisas científicas há mais de um século. Entre os já seqüenciados, estão nomes de difícil digestão como o da bactéria Bifidobacterium longum, que ajuda no funcionamento de nosso sistema digestivo. E o Bacillus anthracis, ou antrax, famoso pelo pânico que causou após ser enviado por carta a jornalistas americanos.

Frango (Gallus gallus)

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Custo: aproximadamente US$ 30 milhões

Por quê: economicamente importante e usado em laboratórios há muito tempo

Abelha (Apis mellifera)

Custo: US$ 7 milhões

Por quê: pode ajudar na descoberta de novos antibióticos, pois vivem em um ambiente apertado, colméias, muito propício a infecções, e seu organismo tem de se defender contra elas. Essas defesas podem vir a ser exploradas para uso humano

Abelha (Bos taurus)

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Custo: aproximadamente US$ 50 milhões

Por quê: muito importante na agropecuária. Irá ajudar, por exemplo, na criação de carne e leite com propriedades específicas escolhidas pelo consumidor

Vaca (Canis familiaris)

Custo: aproximadamente US$ 50 milhões

Por quê: ele sofre de diversas doenças similares às dos homens, entre elas câncer, surdez e cegueira, além de já ter servido de modelo, por exemplo, para o desenvolvimento do transplante de medula em humanos, técnica que salva a vida de milhares de pessoas todos os anos

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