PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Sim, aliens existem (ou existiram), cientistas concluem

Astrônomos calculam que a chance de sermos a única civilização na história do Universo é de apenas 1 em 10 bilhões de trilhões.

Por Denis Russo Burgierman
Atualizado em 28 Maio 2018, 20h43 - Publicado em 15 jun 2016, 15h45

“Sim, aliens existiram”. Com esse título definitivo, o astrofísico Adam Frank, da Univeridade de Rochester, inicia o artigo que publicou em junho de 2016 no New York Times.

Não que Frank tenha encontrado homenzinhos verdes ou discos-voadores — ele não encontrou. O que ele fez, juntamente com seu colega Frank Sullivan, da Universidade de Washington, foi um pouco menos emocionante que isso: cálculos. Mas, após terminar as contas, os dois não têm mais dúvidas: é muuuuuuuuuuuuito improvável que não tenha surgido pelo menos mais uma outra civilização tecnológica, além da nossa, na história do Universo.

O ponto de partida dos cálculos de Frank e Sullivan é a famosíssima Equação de Drake, imaginada em 1961 pelo astrônomo Frank Drake para tentar determinar a probabilidade de haver sociedades extraterrestres avançadas passíveis de serem detectadas em algum outro ponto do Cosmos. A equação diz o seguinte:

Sim, aliens existem (ou existiram), cientistas concluem

Ou, se formos falar português:

Continua após a publicidade

O número de civilizações alienígenas no Universo (N) é igual à multiplicação de 7 outros números. O primeiro (R*) é a taxa de formação de novas estrelas. O segundo é a porcentagem dessas estrelas que contêm planetas. O terceiro é o número de planetas capazes de abrigar vida em cada uma dessas estrelas. O quarto é a fração desses planetas que realmente contém vida. O quinto é a porcentagem dessa vida que desenvolveu inteligência. O sexto número é a porcentagem dessa vida inteligente que desenvolve tecnologias de comunicação que podem ser detectadas. E, por fim, L vem de length, ou duração: por quanto tempo essa civilização emitiu sinais que podemos detectar.

A equação é instigante, mas, quando Drake a formulou, ela não tinha lá muita utilidade. Afinal, daqueles sete números, seis eram absolutamente desconhecidos: só a taxa de formação de novas estrelas era sabida. Como se sabe, é impossível resolver uma equação se você não conhece quase nenhuma das variáveis envolvidas. Por isso, a equação de Drake vive sendo citada por aí, mas nunca resolvia nada: os otimistas imaginavam que as variáveis tinham valores altos, enquanto os pessimistas achavam que eles eram baixos, e aí nunca chegávamos a acordo nenhum.

Acontece que, entre 1961 e 2016, muita coisa mudou. Naquela época, não se conhecia nenhum planeta fora do Sistema Solar: hoje já se conhecem mais de 3 mil. Os astrônomos agora acham que há planetas girando ao redor de todas as estrelas do firmamento: ou seja, fparece ser próximo de 100 (100% das estrelas têm planetas). Outro número que parece ser bem alto é ne: não há como saber ao certo quantos planetas orbitam cada estrela, mas tudo indica que seja um punhado. E, a julgar pelos planetas já encontrados até hoje, algo entre 20% e 25% ficam numa zona onde vida é possível.

Continua após a publicidade

Partindo desses números conhecidos, Frank e Sullivan resolveram inverter o sentido da velha equação. Em vez de usá-la para calcular quantas civilizações extraterrestres existem, se propuseram a calcular qual é a probabilidade de que a nossa civilização tenha sido a única a surgir no Universo. O resultado é que essa probabilidade é incrivelmente baixa. “A não ser que a probabilidade de uma civilização evoluir num planeta localizado na zona habitável seja de 1 em 10 bilhões de trilhões, então nós não somos os únicos”, escreveu Frank. Em outras palavras: é muito muito muito improvável. Quase impossível.

Então é o caso de continuarmos procurando. A verdade deve mesmo estar lá fora.

Para saber mais

Os 11 maiores mistérios do Universo
Reinaldo José Lopes, Superinteressante, 2014

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.