Relâmpago: Revista em Casa por R$ 9,90

Sonda europeia tira as primeiras fotos do polo sul do Sol

O primeiro registro dessa região solar ajuda a entender o bagunçado campo magnético da estrela.

Por Eduardo Lima
13 jun 2025, 12h00

Ninguém nunca tinha visto o polo sul do Sol diretamente – até agora. A espaçonave Solar Orbiter (SOLO), da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Nasa, conseguiu tirar as primeiras fotos desta região misteriosa da nossa estrela. O satélite-paparazzi passou por baixo do plano orbital dos planetas para capturar o flagra.

As fotos não servem só como uma curiosidade estética – elas também oferecem dados interessantes sobre a atividade magnética caótica nos polos do Sol. A partir dessas observações, dá para entender um pouco melhor por que a polaridade de seu campo magnético se inverte a cada 11 anos.

A SOLO, que tirou as fotos pioneiras, é uma missão de pesquisa que custou US$ 1,3 bilhões (R$ 7,20 bi) e foi lançada em 2020. As imagens que a nave mandou de volta para a Terra foram coletadas em março, num ângulo 15° abaixo do equador solar, para revelar o polo sul escondido.

A primeira imagem do polo sul solar divulgada pela Agência Espacial Europeia em um comunicado. “O Sol é nossa estrela mais próxima”, explica a professora Carole Mundell, diretora de ciência da ESA. “É imperativo que a gente entenda como ele funciona e aprenda a prever seu comportamento”, diz a cientista.

Mistureba magnética

Na Terra, o norte magnético se encontra próximo ao Polo Norte geográfico, e o sul magnético fica no Polo Sul geográfico. Se isso mudar, pode bagunçar muitas das redes de comunicação que usamos. A parte boa é que essa inversão só acontece, em média, a cada 450 mil anos. Não precisa se preocupar.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

No caso do Sol, a inversão de polaridade é muito mais frequente, e também mais gradual e caótica. Ela marca a transição entre os períodos de mínimo e máximo solar, que se referem à quantidade de atividade magnética. Atualmente, a estrela está nesse momento de máximo, se preparando para trocar os polos de lugar  – evidência disso é a alta presença de manchas solares na estrela, causadas por intenso magnetismo.

A leitura do campo magnético empreendida pela SOLO revelou uma colcha de retalhos de magnetismo no polo sul do Sol. Nesse momento de troca de polaridade, a base da estrela vira uma mistureba de norte e sul magnético, algo que já havia sido previsto por modelos teóricos, mas nunca observado. Ficar de olho nesse caos no hemisfério sul da estrela pode ajudar a prever o início de um novo ciclo solar, o período de 11 anos entre trocas de polaridade, além de sua intensidade.

Continua após a publicidade

Estimar teoricamente a troca de polaridades do Sol é uma coisa, mas flagrá-la acontecendo, como permitem as fotos da SOLO, é outra. Esses novos dados podem ajudar a prever com mais precisão quando exatamente começam os momentos de máximo e mínimo solar, e entender como nossa estrela se comporta.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.