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Telescópios gigantes

Se existem mundos parecidos com a Terra, os supertelescópios vão conseguir encontrá-los. Conheça essas máquinas ultrapotentes

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 26 fev 2011, 22h00

Texto Roberto Saraiva

O homem sempre quis saber se existe vida fora da Terra. Para isso, o primeiro passo é descobrir se existem outros planetas parecidos com o nosso, com condições para abrigar a vida. Descobrir esses planetas é a tarefa dos novos telescópios terrestres. Cada vez maiores e mais sofisticados, esses aparelhos têm capacidade para desbravar o espaço como nenhum outro equipamento anterior.

Eles têm o nome, bastante autoexplicativo, de extremely large telescopes (“telescópios extremamente grandes”, em português). Ao contrário do que indica o senso comum, desde o século 17 eles não usam mais lentes, e sim espelhos, que distorcem menos a imagem. E, nesse caso, tamanho é documento: quanto maior o espelho, mais potente o equipamento. Os maiores telescópios, hoje, têm espelhos de cerca de 10 metros, como o Gran Telescópio Canarias, que fica em uma das ilhas Canárias, e o Southern African Large Telescope, localizado na África do Sul.

A nova geração, porém, será ainda maior. O Giant Magellan Telescope, no Chile, que fica pronto em 2018, terá 24,5 metros de espelho. O Thirty Meter Telescope, no Havaí, 30 metros. E o maior de todos será o European Extremely Large Telescope, com incríveis 42 metros de espelho. O local para sua construção ainda não foi definido.

Mas nem só de tamanho vivem os novos telescópios. O Large Synoptic Survey Telescope (LSST), que começa a funcionar em 2014 no norte do Chile, é diferente de todos os outros aparelhos do gênero. Enquanto os tradicionais buscam fotografar por horas a fio um mesmo ponto do espaço, seu objetivo é conseguir uma visão ampla do céu, tirando fotos breves de vários pontos, o que permitirá fotografar o céu todo a cada 3 dias.

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Para isso, terá a maior câmera digital do mundo, com 3 200 megapixels de resolução. O aparelho terá 3 espelhos, e não apenas dois, como é comum. O maior deles terá 8,2 metros. A ideia é fazer um grande filme sobre o espaço, para observá-lo ao longo do tempo e assim solucionar mistérios como o da matéria escura do Universo.

Via láctea no Twitter

A descoberta de novos planetas não é tarefa apenas dos telescópios terrestres. Os telescópios espaciais, que são lançados em órbita, também ficam cada vez mais potentes – e modernos. O Kepler é um dos mais recentes. Lançado em 6 de março, desde então está twittando do espaço (na conta @NASAkepler).Claro que a missão vai além do microblog. Com cerca de 3 anos e meio de duração, ela deve determinar se o nosso planeta é realmente único ou se existem outros na Via Láctea com caraterísticas semelhantes. A sonda usa um conjunto de CCDs de 95 megapixels, equipamento parecido com o das câmeras digitais, para observar sombras geradas por pequenos planetas na luz emitida pelas estrelas. O Kepler vai detectar se essas sombras passam várias vezes em frente às estrelas, formando órbitas. Apenas os planetas próximos à fonte de luz, com condições de manter água, componente vital para abrigar o tipo de vida que conhecemos, serão considerados.

• 800 imagens do céu por noite é o que vai produzir o Large Synoptic Survey Telescope (LSST). Isso equivale a 30 terabytes de informação diária.

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• 60 petabytes. Em 10 anos, essa será a quantidade de informação bruta acumulada pelo LSST. A ideia é, nesse estágio, criar um mapa 3D do Universo. Depois de processado, o volume de dados vai superar 100 petabytes.

• 250 teraflops é a capacidade do computador que gerencia esse processo. Ele é capaz de fazer 10 trilhões de operações por segundo – 100 mil vezes mais rápido que um pc ou Mac comum

• 140 terabytes é a quantidade de informação que o Hubble já enviou para o Space Telescope Science Institute.

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