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Uma incrível maneira de nascer

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 20 nov 2009, 22h00

Estas fotos são um exemplo da fascinante aventura que é o ato de nascer e da não menos fascinante diversidade com que esse ato se manifesta na natureza. O personagem da seqüência de imagens é um bichinho praticamente invisível a olho nu que existe em toda a parte. Trata-se do tardígrado, Minesium tardigradum, para os zoólogos, um invertebrado herbívoro com cerca de 1 milímetro de comprimento. Tem um corpo cilíndrico, inteiriço, com quatro pares de patas curtas e grossas. No quadro evolucionário está entre os anelídeos (minhocas) e os artrópodes (todos os outros animais). Sua forma de reprodução também é uma raridade: se dá por partenogênese. Nessa maneira assexuada os ovos não precisam ser fertilizados.

A seqüência de fotos feitas por um microscópio mostra como um tardígrado concebe e põe seus ovos em uma só operação. Primeiro ele contrai o corpo, destacando a si próprio da pele ou casaca exterior. Movendo-se para frente dentro do que se transformou em uma espécie de casulo, o tardígrado deixa os ovos se depositarem na parte de trás. Em seguida começa a travar uma batalha com a membrana de carcaça para poder se libertar. Três horas mais tarde a fina cutícula finalmente é rompida e o tardígrado nada para fora, deixando os ovos empacotados e protegidos pela pele descartada.
Esse microscópio animalzinho sobrevive em qualquer lugar onde exista água, desde lagos até musgos umedecidos ou mesmo uma insignificante poça. Seus movimentos lentos e as garras que adornam suas oito patas lembram um urso em miniatura, daí seu nome popular em inglês: bear water ou urso-d’água. Mesmo sendo uma espécie aquática, porém, o tradígrado pode sobreviver por anos em locais secos, bastando para isso entrar em um estado que os biólogos chamam criptobiose, ou vida suspensa. Nesse estado, tanto os adultos como os ovos podem ser carregados pelo vento até encontrarem água novamente, onde eles revivem ou chocam e colonizam um lamaçal às vezes efêmero. Na luta pela sobrevivência, essa mobilidade dá a esse tardígrado uma vantagem decisiva sobre outras espécies que compartilham o mesmo modo de vida.

 

 

 

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