Carta ao leitor: Sangue novo na redação
Duas jovens profissionais que, de meninas, não têm nada. E estão brilhando na SUPER.
O editor Bruno Garattoni trouxe a pauta: uma reportagem sobre edição de DNA, centrada num experimento que produziu animais com genes de bactéria. E propôs um título bacana: “A vaca transgênica”.
Pauta aprovada, era hora do passo seguinte: como passar o conceito de “vaca transgênica” para a capa? Colocar um rostão bovino? Montar uma hélice de DNA feita de bezerros? Dureza… Mas ainda bem que temos a Juliana Krauss, nova chefe do departamento de arte da SUPER.
Ela já veio com uma ideia anos-luz à frente de qualquer coisa que eu poderia pensar: montar uma vaquinha de lego. Para representar a parte do DNA bacteriano, uma peça alienígena, algo que não deveria estar ali. Matou. Então ela foi orientando o ilustrador Otávio Silveira, mestre na criação de ilustrações realistas e com efeito 3D, até a vaquinha ficar perfeita. E o resultado está ali na capa.
Esse é o trabalho da direção de arte de uma publicação: ter boas ideias, dominar os meios para transformá-las em realidade e orientar designers, ilustradores, fotógrafos. Esse é o trabalho da Krauss, que, aos 22 anos, é a designer-chefe mais jovem da história da SUPER.
Ela começou aqui revolucionando nosso Instagram, que está se aproximando da marca de um milhão de seguidores. Por conta desse e de outros tantos trabalhos impecáveis, ela agora tem a missão de espalhar o talento dela por todas as nossas plataformas. E começou bem demais, como você pode ver nesta edição.
Outra profissional jovem e ímpar que me enche de orgulho aqui na redação é a Maria Clara Rossini. Ela conseguiu uma façanha cósmica em dezembro. Ganhou um prêmio relevante ainda como estagiária, aos 20 anos de idade – o Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo, célebre por reconhecer matérias que tenham a Amazônia como foco.
Não dava para ser mais merecido. A ideia veio dela: uma reportagem sobre a história e a glória do açaí, explicando como o alimento mais comum da Amazônia conquistou o mundo. A Maria, que nasceu em Castanhal, uma cidade nos arredores de Belém, passou uma semana no interior do Pará, conversou com ribeirinhos que colhem o fruto, comerciantes, biólogos, historiadores. Uma apuração 360º, digna dos jornalistas mais afiados – algo que ela já tinha provado ser bem antes do prêmio.
Bom, tenho 43 anos – mais do que as idades da Maria e da Krauss somadas. Mas chamá-las de “meninas” seria de um paternalismo ridículo. A pouca idade, aliada a tamanha produtividade, só mostra que, de meninas, elas não têm nada. São grandes mulheres. Grandes profissionais.
E quem realmente ganha com o trabalho delas é você, que acompanha o que a gente faz. Feliz 2020!
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