Sobre o navegador do Google
Update 16h: o link está no ar. Clique aqui para baixar o programa.É isso aí. Caso você não saiba, hoje o todo-poderoso anunciou o lançamento do seu navegador: é o Google Chrome, que estará disponível pra download nesta terça-feira. Assim que o bicho sair, coloco aqui o link para vocês baixarem – e também escrevo um teste dizendo o que […]
Update 16h: o link está no ar. Clique aqui para baixar o programa.
É isso aí. Caso você não saiba, hoje o todo-poderoso anunciou o lançamento do seu navegador: é o Google Chrome, que estará disponível pra download nesta terça-feira. Assim que o bicho sair, coloco aqui o link para vocês baixarem – e também escrevo um teste dizendo o que achei, com todos os detalhes. Mas, enquanto o Chrome não chega, vamos começar o debate:
1. Os recursos parecem meio fracos. Não me chamem de estraga-prazeres: eu também estou animado com o lançamento, e torço para que o Google nos presenteie com um supernavegador. Mas, até agora, não foi isso o que vi. As principais “novidades” do Chrome já existem em outros navegadores. Olha só:
– “Omnibox”, uma barra de endereços inteligente: o Firefox já tem.
– Miniaturas dos sites mais acessados: o Explorer já tem. No Firefox, basta instalar o acessório Showcase.
– Sistema antivírus (sandbox), que isola o navegador do resto do sistema operacional: o Explorer já tem. Se você usa o Firefox, é só incrementá-lo com o excelente Sandboxie.
– Modo pornô: o Explorer já tem. No Firefox, instale o acessório Stealther.
As únicas inovações de fato são um novo “motor” de JavaScript, o V8, e o modo “multi-process”, que promete menos travamentos. Graças ao V8, o novo navegador promete rodar mais rápido serviços como o Gmail, o Google Documents e o Google Maps. É esperar pra ver. Mas, na prática, o que limita a velocidade desses sites não é o navegador; é a conexão à internet (e o novo Firefox 3.1, já em testes, promete aceleração muito maior que o “motor” V8 do Google).
Já o modo multi-process parece interessante: no navegador do Google, cada janela ou aba é um “processo” separado – se travar, só ela fecha (o resto do navegador continua rodando). Bacana, mas pode explodir o consumo de memória. Temo que o Google Chrome, sozinho, possa facilmente gastar mais de 1 gigabyte da memória RAM instalada no seu computador. Logo mais a gente saberá.
2. É difícil, ou impossível, competir com o Firefox. O Firefox tem mais de 2500 acessórios, que fazem tudo o que você possa imaginar. E o Google Chrome, tem quantos? Sem falar no seu visual, que é bem pobrinho.
3. O povão não tá nem aí. Para os leigos, o Explorer dá e sobra – é por isso que, mesmo sendo pior que o Firefox, ele ainda é a escolha de 76% das pessoas. E, desde a semana passada, os usuários de Windows Vista e XP estão tomando guela abaixo recebendo automaticamente a nova versão do IE, com várias melhorias.
* * *
Em suma: um lançamento interessante, que deve agitar o mercado – a marca Google vai estimular mais gente a trocar de browser, e pode ser que o Chrome bata todos os recordes de downloads nesta 3a. feira. Mas, pelo que vi até agora, não achei graaaande coisa. Cadê o Gmail que roda offline, a navegação em 3D, o compartilhamento de links (ao estilo do site Del.icio.us), o backup de arquivos via rede, o bate-papo embutido, novos sistemas para baixar músicas e vídeos, integração entre os serviços do Google… Isso sim seria revolucionário.