Assine SUPER por R$2,00/semana
Ciência Maluca Por redação Super Este blog não é mais atualizado. Mas fique à vontade para ler o conteúdo.
Continua após publicidade

Comer feijão não faz ninguém produzir mais gases

Dez entre dez brasileiros acreditam que o feijão é o ingrediente mais bombástico de nossa dieta. Mas ele não é o culpado pelos gases que habitam na gente

Por Tiago Jokura Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 abr 2018, 16h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A ciência já absolveu o feijão desde pelo menos 1984, mas a sabedoria popular não perdoa: o grão preferido de dez entre dez brasileiros leva a fama de aumentar nossa produção – e consequente emissão – de gases nocivos ao clima do planeta e às relações sociais. Em outras palavras: todo mundo acredita e engrossa o coro de que comer feijão faz as pessoas peidarem mais.

    Publicidade

    Na prática, porém, a teoria é outra: pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona, EUA, acompanharam a dieta de três grupos com dezenas de voluntários que consumiram 100 g de feijão, diariamente, durante 8 a 12 semanas. Por meio de questionários semanais, eles avaliaram se houve aumento de flatulência, mudanças nas fezes e sensação de inchaço.

    Publicidade

    No primeiro grupo, 23 participantes comeram feijão carioca ou feijão preto, enquanto o grupo de controle, com 17 pessoas, se alimentou com cenoura enlatada no lugar dos feijões. No grupo 2, com 40 pessoas, metade comeu feijão branco e metade manteve a cenoura enlatada no prato. Por fim, o grupo 3 teve o dobro de voluntários: 40 mandando ver no feijão carioca e outros 40 comendo sopa de legumes para substituir os grãos.

    O objetivo principal do estudo era avaliar níveis de lipídios, glucose, insulina e outras substâncias que indicam a propensão de uma pessoa desenvolver doenças do coração e diabetes tipo 2.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Mas o efeito colateral que mais interessa a este blog é o de que os relatos sobre aumento de produção de gás diminuíram conforme os indivíduos prolongavam a dieta com consumo diário de feijão. Na primeira semana de testes, 50% relataram aumento de flatulência – para quem comeu feijão preto, o indíce foi de apenas 19% no início.

    Ao final do período de 8 a 12 semanas, menos de 10% dos voluntários estava peidando mais, incluindo quem nem comeu feijão. Ou seja, o organismo da maioria das pessoas se adaptou à dieta e continuou produzindo o mesmo tanto de puns que expelia antes.

    Publicidade

    A conclusão dos pesquisadores do Arizona é que a noção geral de que feijões nos transformam em uma bomba de metano é exagerada. A ingestão de fibras leguminosas realmente deixa nosso sistema digestivo mais gaseificado, mas o estrago não é tão grande como propagamos aos sete ventos – tampouco a culpa é exclusiva do grão mais querido do Brasil.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.