Placebo vicia (e outros efeitos curiosos)
Se tem uma coisa realmente maluca na ciência, é o placebo. Pensa aí: você está doente e toma um comprimido sem qualquer valor terapêutico, sem nenhuma substância curativa em sua composição. Não há remédio ali. Mas, de algum jeito, ele faz você se sentir melhor. A simples sugestão de que a dor vai passar faz a dor, de fato, passar.
O australiano Daniel Keogh (vale dar uma olhada no canal dele no YouTube) criou uma animação bem bacana falando sobre alguns dos efeitos particularmente curiosos desse remedinho quase-mágico. Dá uma olhada (em inglês).
Ele conta, por exemplo, que o placebo funciona mais quando o comprimido em si é maior; que a cor do comprimido, o preço e a embalagem em que ele vem podem alterar o efeito; e até que placebo vicia – em um estudo, um grupo de mulheres recebeu o “medicamento” por cinco anos; 40% delas apresentou sintomas de abstinência depois.
Isso mesmo, abstinência de um remédio sem qualquer componente químico que vicie. Loucura, né? Mas não é magia, é tecnol… Ops, é ciência.
(Vi lá no Improbable Research)
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