O único prédio no caminho entre a Casa Branca e o Capitólio americano deveria ser conhecido por abrigar diplomatas canadenses. A sua fama, no entanto, não vem de dentro das paredes de mármore canadense, mas sim de uma escadaria com vinte e um degraus, responsável por guiar, e cansar um pouco, os visitantes.
Conhecido somente como “A Embaixada”, o salto entre o começo das escadas e a calçada da Avenida Pensilvânia já foi tentado por dezenas de skatistas da área. Somente Brandon Bonner, jovem de 23 anos, conseguiu realizar o feito. “Pulei no verão de 2012 e, definitivamente, entra na categoria das coisas mais perigosas que fiz na vida.”. Até hoje, fãs de skate de diversos lugares do mundo perguntam detalhes da manobra ao jovem.
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O prédio, desenhado pelo renomado arquiteto Arthur Erickson, é decorado com folhas de bordo, a árvore símbolo do Canadá, e atraiu os amantes de adrenalina pelo salto desafiador e pela superfície plana e lisa. “É um cenário clássico de escadas. Você tem um bom espaço para ganhar velocidade antes do salto e distância para desacelerar depois da queda”, afirma John Francomaro, um dos que caíram ao tentar o desafio da “Embaixada”.
Os seguranças do local estão acostumados a espantar os skatistas da escadaria. Um funcionário, que não quis se identificar, relembra do perigo envolvido na ação. “Ele caiu, as pernas se cruzaram e os ligamentos dos dois joelhos simplesmente se romperam”. Barreiras e faixas para diminuir a velocidade dos skates foram instaladas, contudo, elas não conseguiram evitar novas tentativas de salto.
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O sucesso de Bonner, no entanto, pode ter tirado a “magia” do lugar. “Já foi feito. As pessoas não ligam muito quando esse tipo de coisa é realizado novamente.”, diz Francomaro. Como diria a lendária banda Charlie Brown Jr., “Skate meu esporte. Meu meio de transporte. Parte da minha história. E cicatrizes dos meus cortes”.