Um ex colaborador do Google deu uma entrevista polêmica ao site BuzzFeed. O jovem teria passado um ano a serviço da empresa e acabou no psiquiatra. Seu trabalho era vasculhar e deletar imagens de pornografia infantil, pessoas decapitadas, tortura e outras cenas chocantes na internet.
O anônimo profissional conta que foi contratado logo que saiu da faculdade, e ficou feliz com os benefícios que o Google dá a seus funcionários, como refeições grátis e ambiente descontraído. Mas ele não era um funcionário registrado, e sua missão era ajudar a evitar que o submundo da internet invadisse os serviços do Google.
As leis americanas exigem que fotos abusivas sejam retiradas da web em até 24 horas após ser denunciadas, e que as autoridades sejam notificadas sobre isso. No caso do Google, isso vale para todos os serviços da empresa — Picasa, YouTube, Orkut e mecanismo de buscas.
Quando alguém denuncia uma imagem, alguém verifica se o conteúdo é mesmo bizarro e se encarrega de removê-la, enviando um aviso às autoridades. O entrevistado, que fazia esse tipo de serviço, contou que não tinha com quem conversar sobre a tarefa e não recebia nenhum apoio técnico e nem emocional.
Segundo ele, o resultado foi traumático e trouxe sérios problemas psicológicos. Foi então que o Google enviou o jovem a uma consulta com uma psicóloga. Ela mostrou a ele uma foto comum de um pai com uma criança. O paciente reagiu como se estivesse diante de uma imagem pornográfica. Depois disso, a empresa o aconselhou a procurar tratamento.
O mais chocante é que, como outros profissionais que realizam a mesma tarefa no Google, o rapaz não foi contratado. O Google tem uma regra de que os freelancers só podem permanecer um ano nessa condição. Depois, ou são contratados ou dispensados. Mas, segundo ele, a turma do submundo nunca é contratada.
*Com informações da Exame.com