Alguma cultura ou país já extinguiu o uso de moedas e cédulas?
Sim. O resultado foi tão catastrófico que o país em questão vai mal das pernas até hoje.
Na teoria, sim. Na prática, a população acaba encontrando algo para substituir o dinheiro no cotidiano. O caso mais recente e conhecido é o do Camboja.
Em 1975, quando os militantes comunistas do Khmer Rouge assumiram o país – e mataram 25% da população, uma tragédia que incluiu fome, genocídio de minorias étnicas e o expurgo de intelectuais –, o ditador Pol Pot baniu a moeda local e explodiu o prédio do Banco Central.
A ideia era implantar uma forma extrema de centralização da economia nas mãos do governo, em que comida, roupas e habitações seriam distribuídos igualmente a todos os cidadãos.
Os revolucionários acreditavam que o pagamento de salários levaria o povo a poupar com finalidades individualistas, incompatíveis com a utopia marxista.
Na prática, a população continuou fazendo comércio clandestinamente com metais preciosos e alguns poucos dólares – moeda que as próprias autoridades acabaram precisando usar para o comércio exterior e para calcular os gastos da máquina governamental.
Fonte: artigo “The riel value of money: how the world’s only attempt to abolish money has hindered Cambodia’s economic development”, de Sheridan T. Prasso;
Pergunta de Jéssica Goedert, de Gaspar (SC), via e-mail.
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