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As bombas têm mesmo um fio vermelho capaz de desativá-las?

Não: esse é só mais um mito de Hollywood. Descubra como uma bomba é desarmada na prática.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 set 2019, 11h42 - Publicado em 20 set 2019, 11h41

É mito. “Se tiver um fio roxo, usa-se o roxo”, diz Willy Hauffe Neto, especialista em explosivos da Polícia Federal.

Bombas de fabricação ilegal – chamadas tecnicamente de improvised explosive devices (IED) – não têm manual de instruções nem peças ou circuitos padronizados. Cada caso é um caso. 

O que leva à pergunta: como os especialistas sabem qual fio cortar? Bem, em geral, eles não precisam saber. “O corte de fios não é um padrão na desativação de um artefato explosivo”, diz Willy.

As duas saídas mais comuns são: 1. detonar o explosivo com outro explosivo, de maneira controlada; 2. usar um jato d’água sob altíssima pressão para desmontar a bomba sem ativá-la. 

A segunda solução é a favorita, pois permite que a perícia analise posteriormente os pedaços da bomba em busca de digitais e outros indícios que ajudem a investigação. 

 

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