Como sabemos a data de pinturas rupestres?
O método mais comum é a datação por carbono-14. Entenda como ele funciona.
Todo átomo tem partículas chamadas prótons e nêutrons. Na maioria dos carbonos, há seis de cada uma. Por isso, são chamados de carbonos-12. Alguns carbonos, porém, têm oito nêutrons para seis prótons (daí serem carbonos-14), e isso os torna instáveis – radioativos.
Todo átomo radioativo deseja “se aliviar”, ou seja, retomar o equilíbrio. Para isso, eles se transformam em outros elementos. E os cientistas sabem em que taxa ocorre a transformação, chamada decaimento.
Cada elemento leva um tempo diferente até que metade de sua amostra decaia para um átomo não radioativo (esse número é chamado meia-vida). O urânio 238, por exemplo, leva 4,5 bilhões de anos. Já o carbono-14, “só” 5,7 mil anos.
Assim, pela quantidade de carbono-14 intacto na pintura, dá para deduzir há quanto tempo ela está lá. Outros átomos radioativos instáveis são usados para datar artefatos de diferentes épocas.
Pergunta de @joca.gandini, via Instagram