Depende de qual país ele defende. As tropas dos Estados Unidos contam com ração operacional (comida que os soldados levam para os campos de batalha) sem carne – compõem o menu macarrão com legumes, hambúrguer vegetariano e frutas desidratadas, além de biscoitos e pasta de amendoim.
Em Israel, as restrições vão além – os militares não só têm acesso a alimentos de origem 100% vegetal como também a botas de couro sintético e boinas sem lã. Não é para menos: o país é o maior do mundo em número de adeptos desse estilo de vida. 5% da população se declara vegana. Além disso, o serviço militar por lá é obrigatório para todos os cidadãos, o que explica por que o Exército tem cada vez mais pessoas que não comem nem usam produtos de origem animal.
Já no Brasil, o Exército não tem a política de oferecer rações exclusivamente vegetarianas. No cardápio, geralmente, estão pratos como estrogonofe, feijoada e carne moída com batata. A boa notícia para quem não come carne é que a proteína costuma vir separada. “E os alimentos industrializados vêm na embalagem original, então dá para analisar o rótulo”, ressalta a tenente Maria Carolina Pelatieri, nutricionista na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP).
Mas são raras as situações em que os militares precisam comer ração operacional. O dia a dia nos quartéis não é tão complicado assim. A comida do “bandejão” é variada, e a equipe que a prepara se preocupa em não colocar presunto na salada, por exemplo. Além disso, em boa parte das missões é montada uma cozinha de campanha, para preparar os alimentos ali mesmo – ou então, o menu é feito previamente e levado em caixas térmicas. Nesses casos, a ideia também é variar o cardápio e, claro, manter o feijão livre de bacon e o espaguete separado do molho à bolonhesa.
Fontes: Centro de Comunicação Social do Exército; tenente Maria Carolina Pelatieri, nutricionista na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas; site do Exército dos EUA.