É possível, mas as chances são bem remotas porque depende de muitas variáveis. “O que é proposto nesse episódio é que você cause um curto circuito e faça com que a reação química da bateria acelere violentamente, e a temperatura aumente bastante”, explica Edson Orikassa, diretor executivo da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

O curto seria causado pela interligação entre os dois polos da bateria, por meio de um objeto metálico condutor de eletricidade, no caso o rodo. Esse curto poderia gerar faíscas e derreter algumas peças do carro. Mas a explosão vai depender do que está ao lado da bateria. Se perto dela estiver passando um cano de combustível, pode haver risco de explodir, sim. Se as faíscas entrarem em contato apenas com o vapor desse combustível, também.

O curto da bateria também gera a liberação de moléculas de hidrogênio, que são inflamáveis. “Mas o que se sabe é que esse tipo de fogo, caso ocorresse, seria de pequenas proporções, isso se o hidrogênio que sai da bateria eventualmente pegasse fogo”, acalma o diretor da AEA. Ufa.

Ou seja, dificilmente um carro explodiria assim. “É meio fantasioso alguém explodir um carro simplesmente colocando um cabo de rodo no motor”, diz Orikassa. Segundo ele, são feitos muito testes nas baterias antes de colocá-las nos veículos para evitar explosões. Além disso, os componentes são colocados no carro de maneira estratégica para evitar esse tipo de acidentes.

Por via das dúvidas, não insira um rodo no motor do carro. Mas, se der rolo…

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