Assine SUPER por R$2,00/semana
Oráculo Por aquele cara de Delfos Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

É verdade que os presidentes protegem seu DNA?

Haja cautela.

Por Rafael Battaglia
18 mar 2022, 09h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Pouco antes da invasão da Rússia na Ucrânia, o presidente da França, Emmanuel Macron, se encontrou em Moscou com Vladimir Putin. Diante dos protocolos de saúde, Macron podia submeter-se a um teste RT-PCR feito pelas autoridades russas (se desse negativo, ele poderia se aproximar de Putin) ou não fazer e permanecer afastado. Macron escolheu a segunda alternativa.

    Publicidade

    A agência Reuters divulgou que o exame não foi feito para evitar que a Rússia roubasse o DNA de Macron. Mas o gabinete do líder francês negou.

    Publicidade

    Em 2009, Ronald Kessler, autor especializado em temas da Casa Branca, publicou um livro sobre os bastidores do serviço secreto presidencial. E contou que comissários da Marinha eram responsáveis por reunir lençóis, copos e outros itens que o presidente tivesse tocado, para então higienizá-los ou destruí-los – de modo a impedir que alguém colocasse as mãos nesse precioso material genético.

    Em 2010, documentos vazados pelo WikiLeaks mostraram que Hillary Clinton, à época Secretária de Estado dos EUA, solicitou que diplomatas americanos coletassem “informações biométricas” (como DNA) detalhadas de funcionários-chave da ONU, bem como representantes permanentes do Conselho de Segurança da China, Rússia, França e Reino Unido.

    Publicidade

    Os dois casos deram margem para a especulação. Em 2012, uma reportagem da revista The Atlantic levantou a hipótese de que, no futuro, com o avanço da genética, seria possível criar armas biológicas tão personalizadas a ponto de atingirem pessoas baseadas apenas no seu DNA – o que poderia colocar chefes de estado em perigo.

    Mas, afinal: já é possível criar armas personalizadas assim? “É pura ficção científica”, diz Tábita Hünemeier, professora de genética da USP. “Seria um grau de refinamento tão grande, e que consumiria tanto tempo, que o mandato do presidente terminaria antes do fim da pesquisa.”

    Continua após a publicidade

    Entretanto, Tábita ressalta que a preocupação é válida se pensarmos sob o viés da guerra pela informação. Nosso DNA é único, como um código de barras. No futuro, é possível que tenhamos o mesmo cuidado em compartilhá-lo como temos com nossos documentos, senhas, dados bancários etc. Só nos EUA, 38 milhões de pessoas já fizeram testes de ancestralidade – e o FBI já pediu permissão para consultar bancos de dados genéticos para encontrar criminosos.

    Publicidade

    “Em testes de ancestralidade e pesquisas científicas, é preciso preencher um formulário, no qual você determina o que será feito com o seu material genético após a coleta”, explica. “Essa informação não pode parar em bancos de dados sem o consentimento da pessoa. É uma propriedade privada.”

    Pergunta de @lipeguard, via Instagram

    Continua após a publicidade
    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.