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Hitler matou alguém com as próprias mãos?

É quase certo que não – ainda que ele tenha servido o exército alemão na Primeira Guerra, e se metido em muitas brigas de rua. Indiretamente, matou 17,5 milhões de pessoas.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2021, 09h44 - Publicado em 1 jun 2020, 09h39

É quase certo que não. Hitler sem dúvida se meteu em algumas situações em que poderia matar alguém, mas, até onde se sabe, não chegou a matar de fato. A primeira delas foi na Primeira Guerra Mundial, quando serviu a Alemanha na patente de cabo.

O futuro ditador era mensageiro, o que significava sair da segurança da trincheira para se aventurar em campo aberto, na mira da artilharia inimiga. Ele foi alvo com bem mais frequência do que atirou, e não há registro de que tenha abatido nenhum militar inimigo.

Depois, no início de sua carreira como militante de extrema direita, ele saía no braço contra manifestantes de outras vertentes políticas em protestos de rua. Mas não há nenhuma prova de que Adolf tenha matado alguém – rolaram só uns tabefes, mesmo.

Por fim: Hitler teve um relacionamento abusivo com uma sobrinha, Geli Raubal, entre 1929 e 1931. Ela se suicidou aos 23 anos com sua pistola. Há o boato de que ele fez o disparo – mas o historiador britânico Ian Kershaw afirma não haver evidências favoráveis a essa versão, que foi espalhada por jornais sensacionalistas da época em uma tentativa de queimar a imagem do futuro ditador.

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É inegável, porém, que Hitler foi culpado indiretamente pela morte de Raubal: ele mantinha a mulher trancada em casa, e provavelmente a estuprava. Hitler entrou em crise após o suicídio e se ausentou da vida política temporariamente.

Quanto as mortes que perpetou indiretamente, são impossíveis de contar. O Museu do Holocausto americano estima, com base na melhor documentação disponível, que a Alemanha Nazista tenha executado 6 milhões de judeus, 6 milhões de civis soviéticos, 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 1,8 milhão de civis poloneses, 320 mil civis sérvios, 250 mil pessoas com deficiência, 250 mil ciganos e 70 mil criminosos (cifra que provavelmente inclui homossexuais, prostitutas, moradores de rua etc.)

Lembrando que a lista acima considera apenas execuções. Não inclui militares alemães ou aliados mortos em combate. A 2a Guerra Mundial – que foi consequência direta do sentimento revanchista alemão no entreguerras e da ascenção de movimentos de extrema direita na Europa da década de 1930 –, matou algo entre 70 milhões e 85 milhões, entre civis e militares. Isso corresponde a 3% da população mundial na época, de 2,3 bilhões de pessoas.

Pergunta de @guilhermelvalerio, via Instagram

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