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Por que os volantes dos carros ficam nas laterais, e não no meio?

No Brasil, fica à esquerda. Já em países de "mão inglesa", o motorista senta à direita. Três motivos explicam por que nunca é no centro.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 28 dez 2020, 17h02 - Publicado em 17 jan 2019, 18h21

Há uma série de motivos. Um é aproveitamento de espaço: com o volante no centro, não haveria espaço para o passageiro.

Outro é visibilidade – algo que data da época em que os carros eram puxados por cavalos, em vez de motores. Quando há um congestionamento, o condutor precisa se esticar para a lateral para conseguir observar até onde vai a fila.

Um terceiro motivo é segurança: em uma rua de mão dupla, o condutor precisa estar na posição mais adequada possível para observar os carros que vêm no sentido oposto. Vale dizer que, do ponto de vista estritamente técnico, o volante centralizado seria o ideal para distribuir o peso pelo veículo. É por isso que carros de Fórmula 1 – ou os lendários superesportivos de rua da McLaren – posicionam o motorista bem no meio.

E um adendo: na época em que todo mundo andava a cavalo, só existia mão inglesa. Destros, que são maioria, montam o animal pelo lado esquerdo – e querem ter a mão direita, a da espada, virada para o cavaleiro que vem no sentido oposto em caso de duelo.

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Só depois surgiu a mão francesa que vigora no trânsito do Brasil hoje; uma das muitas mudanças adotadas após a Revolução Francesa só para contrariar. Uma das justificativas práticas foi a seguinte: em veículos de carga puxados por diversos cavalos, com os animais organizados em duas filas, o condutor montava sempre o cavalo da esquerda mais próximo do veículo. Assim, a mão direita, que segurava o chicote, ficava posicionada no vão entre as duas filas de cavalos, e podia alcançá-los sem dificuldade.

Em última instância, porém, a tradição não resultou de só uma ou outra necessidade prática, e sim de muitos fatores econômicos, sociais e políticos da Europa do século 18.

Pergunta deLucas Strassburger, via Instagram

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