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Por que temos bunda?

Proeminências desse tipo tem função dupla – a anatômica e, claro, a sexual.

Por Oráculo
Atualizado em 15 fev 2019, 13h59 - Publicado em 8 abr 2013, 19h15
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  • Ó, querido Oráculo, gostaria de adquirir um pouco de sua sabedoria: por que temos aquele pedaço de carne que o brasileiro tanto ama?
    (Pergunta de Mariana Recchia, Gotham City)


    Olá.

    Essa pergunta tem pelo menos duas respostas possíveis, cidadã de Gotham. Uma delas é do ponto de vista anatômico. Este “pedaço de carne que o brasileiro tanto ama” mantém nossa postura ereta e nos dá uma maior riqueza de movimentos com a coxa, segundo uma professora do Departamento de Anatomia da USP, a bióloga Maria Inês Nogueira.

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    A região é formada pelo osso sacro, que só de ter esse nome já merecia ser estudado. O osso consiste em cinco vértebras fundidas, e unidas ao cóccix – considerado o último resquício evolutivo da cauda dos primatas. Aliás, aproveitemos para aprender o jeito certo de escrever. É “cóccix”, não “cox”.

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    Pois bem. O sacro se articula com o osso da pelve (direito e esquerdo), que por sua vez resulta na fusão de três ossos (ísquio, ílio e púbis) e do fêmur. Para completar, temos músculos que mantêm a ligação dessa ossatura toda que liga a coluna às coxas e permitem que o homem ande, a bailarina faça plié e o Usain Bolt corra daquele jeito.

    Anatomicamente, as nádegas são, portanto, a união de ossos e músculos altamente desenvolvidos para permitir movimentos básicos e, por que não, ousados.

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    Mas sua proeminência – e todo o culto e neura que emanam da proeminência dessa união de ossos e músculos conhecida e querida como bunda – varia. Varia muito.

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    Isso depende do biotipo do indivíduo e de diferenças étnicas. Além disso, nádegas são maiores nas mulheres que nos homens – neles, bundões podem significar problemas de coluna como a lordose.

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    A segunda resposta, e provavelmente a que vocês vão compartilhar, safadinhos, é sexual. Do ponto de vista evolutivo, bundões que acompanhassem quadris largos poderiam ser sinais físicos de fêmeas com bom potencial procriador, explica a bióloga. Mas há teorias, porém, alegando que a bunda perdeu a função sexual desde que o homem virou bípede – os seios teriam assumido essa posição antes reservada à parte traseira, diz Maria Inês.

    Eis outra questão que varia conforme o país. Baywatch dificilmente seria feito aqui. Nós, brasileiros, valorizamos mais o bumbum, enquanto americanos prestam uma reverência maior aos seios. Questão cultural. Segundo a sexóloga Lúcia Pesca, os seios imitam as nádegas e, por esse motivo, são atraentes. “Diz ao sexo masculino que o feminino é capaz de carregar uma boa quantidade de leite para filho. E os quadris agradáveis significam que dali sairá, com facilidade, uma boa quantidade de bebês”, explica Lúcia. “Por causa do estímulo visual, estabeleceu-se o padrão cultural e comercial. Bunda vende”, conclui.

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