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Qual é a origem do aperto de mão?

Ele nasceu como um gesto reservado a ocasiões especiais – como acordos entre governantes –, e só depois caiu nas graças do povo.

Por Maria Clara Rossini
3 ago 2020, 12h34
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  • Esse gesto tão educado e paradisíaco para germes se repete há pelo menos três mil anos. A evidência mais antiga da prática está em uma imagem gravada em um trono do antigo Império Assírio, do século 9 a.C., que mostra dois homens apertando as mãos.

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    Naquela época, você só apertaria a mão de alguém se fosse para resolver um conflito ou selar um acordo. Por ser um gesto milenar, a origem exata dele é incerta. Historiadores acreditam que os governantes estendiam a mão como uma forma de mostrar que ela estava vazia, sem armas. O ato de sacudi-las de cima pra baixo serviria para garantir que não há uma adaga escondida nas mangas da outra pessoa.

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    Existem relatos de apertos de mão entre personagens da Ilíada, escrita por Homero no século 800 a.C. Os gregos até tinham uma palavra específica para a prática: dexiosis, que representa o ato de dar a mão direita ao outro. O ato também estava presente no Império Romano em vasos, lápides e até moedas. 

    Até hoje (ou pelo menos até antes da pandemia) usamos o aperto de mão como um rito para demonstrar paz ou entrar em acordo, quando se fecha um negócio. É comum ver os apertos de mão antes de uma partida esportiva ou de um debate entre políticos rivais.

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    Mas nem sempre você quer propor trégua quando aperta a mão de alguém – às vezes é só para dar oi de maneira educada. O significado do aperto de mão como cumprimento veio anos depois. Alguns dos primeiros registros desse uso datam do século 17, mas acredita-se que ele tenha sido popularizado na Europa e Estados Unidos no século 18 pelos quakers, um movimento religioso que prezava pela igualdade entre seus membros.

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    Diferente da reverência, que representa hierarquia entre as pessoas, o aperto de mão é uma forma mais “igualitária” de cumprimento. Com o gradual enfraquecimento das monarquias, o aperto de mão se tornou cada vez mais comum, e passou a entrar até em manuais de etiqueta no século 19. 

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    Hoje em dia – pelo menos até a pandemia passar – um aceno de longe já está de bom tamanho.

    Pergunta de @joao_hen_, via Instagram

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    Fonte: livro Tales of Hi and Bye: Greeting and Parting Rituals Around the World, de Torbjörn Lundmark e livro A Cultural History of Gesture, de Herman Roodenburg

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