Canadá aposta em carro elétrico feito de fibra de maconha
Kestrel é o mais novo protótipo de carro elétrico canadense. Compacto, além do motorista, o veículo tem espaço para três passageiros, pode atingir uma velocidade máxima de 90 km/h e deve percorrer de 40 a 160 km antes de ser recarregado, dependendo da bateria que for utilizada.
Mas, a novidade não está no fato de ele consumir eletricidade – em vez de combustíveis fósseis – para se locomover e, portanto, não emitir tantos gases de efeito estufa e nem contribuir com as mudanças climáticas. Seu grande diferencial está na estrutura, feita a partir de um compósito resistente produzido com a fibra da maconha.
De acordo com a Motive Industries, uma empresa focada no desenvolvimento de veículos com materiais e tecnologias avançados, a maconha está entre os melhores materiais para fabricação de estruturas.
Na realidade, o primeiro veículo feito com fibra de maconha foi construído por ninguém menos do que Henry Ford, há mais de um século. No entanto, os fabricantes de automóveis acabaram priorizando o aço e o material ficou esquecido.
Depois, as fibras de vidro e carbono se tornaram populares entre os carros de corrida por serem fortes e leves, ao mesmo tempo. Mas, nos dois casos, sua produção demanda a queima em fornos e vários processos químicos, ou seja, há um gasto enorme de energia e ainda emissão de gases de efeito estufa.
Por outro lado, a fibra de maconha é duas vezes mais forte do que as fibras de outras plantas, o cultivo da erva não requer muita água ou o uso de pesticidas e sua produtividade é elevada no Canadá.
O Kestrel é um dos cinco veículos elétricos que vem sendo desenvolvidos pelo Projeto Eve, uma colaboração entre diferentes empresas da indústria automobilística canadense, que desejam impulsionar o setor no país. Pelo fato de as plantações de maconha serem proibidas nos Estados Unidos, os canadenses podem levar aí alguma vantagem no mercado de carros elétricos.
Previstos para serem entregues no próximo ano, os vinte primeiros Kestrels serão produzidos por estudantes, em escolas politécnicas das cidades de Alberta, Quebec e Toronto.
Visite o site do Planeta Sustentável e siga: