5 animais com mecanismos de defesa bizarros
Nós não nos deparamos todos os dias com predadores, é verdade, mas, pode admitir: você bem que queria ter uma forma de espantar gente indesejada/inconveniente, não é mesmo? Resta a nós, meros humanos, invejar as criaturas que zeraram a arte do sai-pra-lá com maestria. Conheça 5 animais com mecanismos de defesa bizarros (e fascinantes):
1. Lagartos de Chifres
Se você for esperto, basta avistar de longe esse lagarto para saber que é melhor seguir para o rumo oposto ao do bichinho. Para quem não se deixa intimidar pela cara de poucos amigos, o chifrudo tem uma surpresinha macabra. Levando ao pé da letra a ideia de ter “sangue nos olhos”, algumas espécies do gênero Phrynosoma conseguem esguichar o próprio sangue e acertar qualquer coisa que tente ameaçá-los. Sério. Os lagartos de chifres se alimentam principalmente de formigas mas, para recolher os cerca de 200 insetos necessários para saciarem sua fome, precisam ficar expostos em campo aberto, vulneráveis a ataques. Não que sejam frágeis: caso seja capturado, o bichinho oferece uma refeição indigesta ao predador – as escamas em forma de espinhos são capazes de perfurar o estômago de cobras, por exemplo. É quando se vê frente a frente com inimigos mais robustos que o lagarto usa do seu ~item especial~: ele aumenta a pressão sanguínea na cabeça, causando o rompimento dos vasos ao redor do globo ocular, e esguicha o próprio sangue (que possui uma substância desagradável ao paladar dos predadores) pelos olhos. Like a boss do reino animal.
2. Pepino do mar
Se você olhar com carinho, pode até achar o pepino do mar simpático, mas dificilmente ele vai te intrigar logo de cara. De aparência pacata (e um tanto, bem, vegetal), esses bichinhos se alimentam do material orgânico dos detritos do fundo do mar e ficam lá, de boa na lagoa. Isso até aparecer um predador – é aí que o pepino marinho mostra seu verdadeiro talento. Quando ameaçados, alguns dos equinodermos são capazes de liberar filamentos pegajosos para enganar seus inimigos. Já seria um ato digno de nota, mas alguns deles vão além, sendo capazes de mutilar o próprio corpo para se defenderem – através da contração violenta de seus músculos, expelem alguns de seus órgãos internos… através do ânus. Vamos deixar a sua imaginação formular essa imagem. A manobra arriscada não afeta a saúde do bichinho, que é capaz de regenerar as partes perdidas rapidamente.
3. Peixe-bruxa
[Foto: Stan Shebs, via]
Estes peixes marinhos, que têm formato de enguia e são desprovidos de um esqueleto interno, certamente não são bonitinhos, mas possuem uma curiosa característica que os tornam fascinantes: o peixe-bruxa é capaz de produzir mais de um litro de muco em apenas um segundo. Ainda não ficou impressionado? Pois saiba que esse talento pegajoso é o que garante a sobrevivência do peixe quando ele dá de cara com os valentões do oceano: o muco expelido gruda nas brânquias do predador, bloqueando seu fluxo respiratório. Se o inimigo insistir em abocanhar o bichinho escorregadio é ele quem vai levar a pior: o muco é capaz de se expandir e o predador acaba morrendo por asfixia. Para escapar de sua própria bagunça, o peixe-bruxa só forma um nó com o próprio corpo, raspa o lodo produzido e segue tranquilão nadando por aí.
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4. Urubu-de-cabeça-vermelha
Já sentiu ânsia de vômito frente a uma situação impossível? O urubu-de-cabeça-vermelha te entenderia, colega, e ainda te ensinaria uma forma de usar isso ao seu favor. Ao serem ameaçados por predadores, essas aves provocam o próprio vômito, botando para fora pedaços de carne semi-digeridas. Eca. Acertou quem imaginou que a sujeira tem um cheiro insuportável. A substância fedorenta ajuda a espantar a criatura que ameaçava a ave, que aproveita a distração causada pelo cheirinho desagradável para escapar.
5. Salamandra-de-costelas-salientes
A salamandra-de-costelas-salientes parece ser um parente distante do mutante Wolverine. Encontrado na Península Ibérica e na região do Marrocos, este bichinho usa as próprias “costelas salientes” como uma arma ao se deparar com um predador. Para isso, a salamandra empurra suas costelas, aumentando o ângulo que formam com sua coluna em até 50 graus, perfurando a própria pele. O golpe não afeta a salamandra, mas o mesmo não pode ser dito sobre o seu predador: ela vai além e secreta veneno pelos poros de sua pele, tornando o golpe ainda mais letal – e bizarro!