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7 atletas que competiram em vários esportes

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 15 out 2013, 18h45

Ser campeão em um esporte não é fácil. Imagine, então, tentar a sorte em mais de uma modalidade. Enquanto para algumas pessoas até a aula de Educação Física pode ser uma tortura, para atletas polivalentes competir (e se sair bem) em diferentes modalidades nunca foi um problema. Entre talentosos e esforçados, conheça 7 multiatletas que competiram em diferentes esportes:

 

1. Babe Didrikson Zaharias

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O talento da estadunidense Mildred Ella “Babe” Didrikson Zaharias parecia não ter fim. Filha de noruegueses e nascida no Texas, ela disputou campeonatos de basquete, atletismo, golfe, beisebol, tênis, natação, mergulho, boxe, vôlei, handebol, boliche, sinuca, patinação e ciclismo. Também fazia suas próprias roupas e venceu um torneio de costura, além de cantar e tocar gaita – inclusive, com álbuns gravados. Ah, e ela também sabia sapatear.

Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932, Babe ganhou medalha de ouro nos 80 metros com barreira (a modalidade foi alterada para 100 metros só em 1972) e no arremesso de dardo, além de uma polêmica medalha de prata no salto em altura (ela saltou a mesma altura da campeã). Poderia ter ido ainda além: ela havia se classificado para 5 modalidades, mas as regras só permitiam que ela disputasse 3 competições diferentes.

Em 1935, Babe começou a se interessar e competir no golfe – esporte que ela se dedicou mais ativamente até sua morte, em 1956, vítima de câncer. E não foi fácil: para superar a dificuldade inicial, ela praticava 10 horas por dia, até suas mãos estarem sangrando. O resultado: entre seus títulos, estão 41 competições da LPGA (Ladies Professional Golf Association), a associação estadunidense de golfe feminino. Não por acaso, Babe Didrikson Zaharias foi eleita pela Associated Press como a maior atleta da primeira metade do século 20.

 

2. Jim Thorpe

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Jim Thorpe é um dos principais multiatletas de todos os tempos. O americano, de ascendência indígena e europeia, foi medalhista de ouro nas olimpíadas de Estocolmo (1912) em duas categorias: pentatlo e decatlo. Não parou por aí. Thorpe também foi um jogador profissional de futebol americano por 13 anos, atuou na Major League Baseball (a liga de beisebol estadunidense) por sete anos, e profissionalmente no basquete por outros dois anos. Difícil é saber em qual dos esportes ele foi melhor.

 

3. Alex Zanardi

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O italiano Alessandro Zanardi é o protagonista de uma história mais inspiradoras. Piloto de automobilismo, ele passou por equipes como Jordan, Lotus e Williams na Fórmula 1, mas se destacou mesmo na CART (categoria estadunidense que posteriormente se fundiu à Indy) e em campeonatos de carros de turismo. Em 2001, Alex se envolveu em um violento acidente, que destruiu completamente seu carro. A violência do choque foi tão grande que Zanardi acabou perdendo as duas pernas no acidente. Resolveu não ficar parado – o piloto voltou a correr com um carro adaptado e venceu corridas da World Touring Car Champion. Mas a sua maior vitória veio quando decidiu mudar de esporte. Em 2007, Alex Zanardi trocou as pistas pelo paraciclismo – e já fez bonito nos Jogos Paraolímpicos de Londres. Na competição, foram 3 medalhas conquistadas – 2 de ouro (corrida contra-relógio e prova de estrada) e uma de prata (revezamento por equipe).

 

4. Michael Jordan

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Ele foi cinco vezes votado MVP (Most Valuable Player, ou “jogador mais valioso”) da temporada regular e seis vezes votado o MVP das Finais. Em dez ocasiões, fez parte do Melhor Quinteto da temporada e foi nove vezes eleito um dos melhores defensores em quadra. Participou de 14 All-Star Games, foi cestinha da liga em 10 temporadas e o maior ladrão de bolas por 3 vezes. Isso tudo sem falar nos 69 pontos marcados em uma única partida ou nas duas medalhas de ouro olímpicas. O currículo de Michael Jordan faz jus ao reconhecimento de melhor jogador de basquete de todos os tempos pela maioria dos especialistas (profissionais ou de boteco) do esporte.

Mas depois de vencer a NBA em 1991, 1992 e 1993, Jordan surpreendeu a todos e anunciou a sua aposentadoria das quadras – somente depois ele admitiu que o assassinato de seu pai teve um grande peso na sua decisão. Mais surpreendente ainda foi quando Jordan assinou um contrato com o Chicago White Sox, time de beisebol do mesmo proprietário do Chicago Bulls. A decisão teve um motivo bastante pessoal: perseguir o sonho de seu pai, que sempre havia imaginado o filho como um jogador Major League Baseball. Mas o talento de Michael Jordan estava mesmo nas quadras. Ele não fez muito sucesso com suas rebatidas e, depois de defender também o Birmingham Barons, decidiu voltar para as cestas. Air Jordan, apelido que ganhou graças as suas enterradas, ajudou o Chicago Bulls a vencer mais 3 títulos consecutivos: 1996, 1997 e 1998.

 

5. Lottie Dod

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Com apenas 15 anos de idade, Charlotte “Lottie” Dod ganhou pela primeira vez a categoria simples (individual) do torneio de Wimbledon – competição que ela ainda venceria outras quatro vezes. Seu feito continua imbatível: até hoje ela é a mais jovem vencedora da categoria no mais tradicional torneio de tênis do mundo. Se não bastasse, a pequena atleta britânica também atuou pelo time de hóquei sobre a grama da Inglaterra, foi campeã do British Ladies Amateur Golf Championship (o principal torneio de golfe feminino europeu antes da era profissional), e ainda conquistou a medalha de prata no arco e flecha nas Olimpíadas de Londres, em 1908.

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6. Sir George Thomas

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O currículo de Ser George Alan Thomas é de fazer inveja. Além de ter disputado uma semifinal de Wimbledon na categoria de duplas, ele também foi campeão do Campeonato Britânico de Xadrez e, com 21 títulos, é o maior vencedor do All England Open Badminton Championships, um dos mais tradicionais e prestigiados torneios de badminton do mundo. Além de ter alcançado o sucesso nas quadras (e nos tabuleiros), Sir Thomas também foi importante para o desenvolvimento do esporte. Em 1934, ele foi co-fundador da Federação Internacional de Badminton e também idealizou o International Badminton Championship Challenge Cup, um torneio entre equipes de diversos países, inspirado na Copa Davis. Atualmente, a competição é conhecida como Thomas Cup, uma homenagem ao seu criador.

 

7. Preguinho

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O ano era 1930 e o Brasil estreava na Copa do Mundo. O primeiro jogo acabou sendo uma derrota por 2×1 para a Iugoslávia e o gol de honra foi marcado por Preguinho, atleta do Fluminense. Além de capitão e artilheiro da Seleção Brasileira na primeira edição da competição, o talento de Preguinho tinha outros talentos. João Coelho Netto, seu nome de batismo, era filho do escrito carioca Coelho Netto, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Não bastasse a carreira vitoriosa nos campos, sempre atuando pelo tricolor das Laranjeiras (ele é o 7º maior artilheiro da história do clube), ele também fez fama em outros nove esportes: remo, vôlei, basquete, pólo aquático, saltos ornamentais, atletismo, hóquei, tênis de mesa e natação. Seus números impressionam: obteve um total de 387 medalhas e 55 títulos nas diferentes modalidades.Em 1952, recebeu do governo do Estado do Rio de Janeiro a medalha de Grande Benemérito-Atleta.

Imagens: Wikimedia Commons

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