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7 mistérios que a astronomia (ainda) não conseguiu resolver

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 13 jun 2014, 16h34

Por Luíza Antunes

A ciência é uma eterna busca por respostas para fatos e fenômenos que não conseguimos entender direito. No campo da astrofísica, parece que essas perguntas se multiplicam, bem, na velocidade da luz. Para cada nova descoberta de um planeta, estrela ou galáxia, várias outras questões surgem. No fim das contas, ainda sabemos muito pouco sobre esse vasto universo que habitamos. Por isso, selecionamos sete fascinantes mistérios sobre o espaço que os cientistas ainda não conseguiram explicar.

 

7. O exoplaneta que não deveria existir

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Ilustração: David A. Aguilar (CfA)

O Kepler-78b é um exoplaneta, ou seja, um planeta que orbita em torno de uma estrela que não é o Sol, que tem mais ou menos o tamanho da Terra, e tem uma superfície rochosa e um núcleo de ferro. Porém, o Kepler-78b orbita sua estrela a cada 8,5 horas. Isso mesmo, o ano nesse planeta não dá nem minhas horas necessárias de sono. Isso também quer dizer que o exoplaneta circula muito perto de sua estrela, numa distância de cerca de um milhão de quilômetros – o que em termos espaciais quer dizer quase nada: a distância da Terra ao Sol, por exemplo,  é de cerca de 150 milhões de quilômetros. Por causa disso, o Kepler-78b tem uma superfície 2000 graus mais quente do que a Terra.

Cientistas do Centro de Astrofísica da Harvard-Smithsonian dizem que a existência desse planeta é um completo mistério, uma vez que eles não entendem como ele se formou, como ele consegue estar onde está (tão perto de uma estrela sem ser engolido por ela) e ainda, quanto tempo ele irá durar – sim, eles têm certeza de que o Kepler-78b não durará para sempre. Mas no final das contas, nada dura, não é mesmo?

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6. Buracos negros medianos?

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Buracos negros se formam a partir da explosão de estrelas e são uma região no espaço com massa tão densa que nada é capaz de escapar do seu campo gravitacional, nem mesmo a luz. O tamanho desses buracos pode variar entre os pequenos – com cerca de 100 massas solares –  e os grandes – com 1 milhão de massas solares. Mas não há nenhuma informação sobre buracos negros de tamanhos intermediários. Para completar, também existem, nos núcleos de galáxias, buracos negros supermassivos que atingem dezenas de milhões a bilhões de massas solares. O  problema todo é que os astrônomos ainda não conseguiram entender como eles cresceram tanto. Soma-se a isso a escassez de informações sobre os buracos de massa intermediária. Teriam os buracos negros um mecanismo de crescimento completamente desconhecido? Ou as ferramentas de observação atuais não conseguem captar as emissões dos objetos médios?

 

5. A estrela com a fonte da juventude

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Na constelação de Escorpião existe um aglomerado de estrelas chamado Messier 4. Essas estrelas são muito antigas, com mais de 12,2 bilhões de anos, e estão localizadas cerca de 7.200 anos-luz da Terra. O grande mistério do Messier 4 é que nesse aglomerado foi encontrada uma estrela composta de lítio. Veja bem, o lítio é um elemento que é gradualmente destruído nos primeiros bilhões de anos do ciclo de vida de uma estrela. Acontece que essa estrela, em meio a milhares de outras, conseguiu manter o seu lítio original ou encontrou uma forma de repor o elemento. Seja qual for a explicação, ela conseguiu se manter eternamente jovem.

 

4. A estrela que contraria a teoria de formação estelar

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Crédito: ESO, DSS2

A estrela provavelmente mais velha já encontrada foi descoberta em 2011 e tem o seguinte nome: SDSS J102915 +172927. Ela está localizada na constelação de Leão e tem 13 bilhões de anos. Sabe quem também tem mais ou menos essa idade? O sr. Universo. Se você não estiver impressionado ainda, aqui vai outra informação incrível sobre a SDSS J102915 +172927: ela não deveria existir. Pelo menos segundo a nossa teoria de formação estelar. O problema é que ela é majoritariamente composta de Hélio e Hidrogênio e tem massa e quantidade de metais extremamente baixas. Isso quer dizer que, teoricamente, ela seria formada por dois elementos muito leves, que não se condensariam para formarem uma estrela. Mas ela está lá, pequena e com baixa luminosidade, quebrando a cabeça dos astrofísicos.

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3. As estrelas híbridas que engolem outras estrelas

Em 1975, os cientistas Kip Thorne e Anna Zytkow desenvolveram uma teoria sobre um tipo diferente de estrela. Chamada de Objeto Thorne-Zytkow  (TZOs), essa estrela seria uma híbrida entre uma gigante vermelha – uma estrela com raio dezenas ou centenas de vezes maiores do que o do Sol, numa fase avançada de evolução estelar – e uma estrela de nêutrons, que se formam após uma explosão de supernova. Agora, 40 anos depois, a teoria saiu do papel, com os cientistas detectando pela primeira vez alguns objetos candidatos à classificação Thorne-Zytkow. Os pesquisadores não sabem ao certo como funciona o mecanismo de criação dessas estrelas, mas basicamente o que se suspeita é que a gigante vermelha engole a estrela de nêutron, que vai para o núcleo da primeira, criando um modelo completamente novo de funcionamento do núcleo de estrelas. Esse também poderia ser um novo mecanismo descoberto de produzir elementos pesados no nosso universo. A descoberta é tão recente que os cientistas ainda não podem confirmar se de fato trata-se de um TZO ou algo completamente diferente.

 

2. A Estrela Polar

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A Estrela Polar, chamada Polaris, é a estrela que serve como referência para orientação do pessoal do Hemisfério Norte, tal como o Cruzeiro do Sul é referência para a gente. Apesar de sua popularidade aqui na Terra, ela está envolta em mistérios para os cientistas. Num artigo recente, publicado no Boletim da Sociedade Americana de Astronomia, os pesquisadores declararam que a estrela está ficando mais brilhante no último século. Hoje em dia, ela emitiria 4,6 mais brilho do que antigamente, e as causas para o fenômeno são desconhecidas. Outro mistério envolvendo a Polaris é a sua distância da Terra, que vem sendo discutida sem consenso desde os anos 90. Além disso, em breve, a Polaris não será mais a estrela que guia os navegadores no norte, já que um movimento da Terra conhecido como a precessão dos equinócios fará com que outra estrela, a Gamma Cephei, fique no lugar que a Polaris atualmente ocupa no nosso céu. Isso deve ocorrer lá pelo ano 3000.

 

1. A  Energia Escura

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Se os astrofísicos tivessem que eleger o mistério número um do universo, provavelmente esse seria a Energia Escura. Segundo cálculos matemáticos, 74% do universo é constituído dessa coisa que ninguém sabe ao certo o que é. O fato é que, pela lei da gravidade, objetos grandes, do tamanho de galáxias, deveriam se atrair – porém, para a surpresa geral dos estudiosos que perceberam isso pela primeira vez, os aglomerados de galáxias estão é se afastando e num ritmo bem rápido. É que o universo está expandindo. Todas essas informações que não tem explicação levaram à criação da teoria da Energia Escura, que teria o efeito oposto da gravidade, ou seja, o de empurrar as coisas. Mas não há provas, nem exemplos desse tipo de energia, criando-se assim um dos maiores mistérios do espaço.

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