Hoje é o Dia Internacional do Rock e, pra comemorar, reuni sete histórias bizarras envolvendo a vida (e a morte) de grandes ícones, desde os anos 1930 até os dias atuais.
1) O Clube dos 27
Também chamada de “a maldição dos 27”, é uma das maldições mais populares da história do rock. Segundo a crença popular, a idade de 27 anos seria especialmente fatal para os roqueiros. Brian Jones (Rolling Stones), Janis Joplin, Kurt Cobain (Nirvana), Jimi Hendrix, Robert Johnson e Jim Morrison são as “vítimas” mais populares. Morrison até mesmo brincou com sua morte, após ver que Hendrix e Joplin haviam falecido aos 27, ao dizer para alguns amigos num bar que ele seria o “número três”. Dois anos depois, foi encontrado morto em uma banheira.
Depois de Cobain, sua amiga e baixista da banda Hole, Kristen Pfaff, também morreu com a mesma idade que o cantor. A conexão está no fato de a banda Hole ser a mesma da companheira de Kurt, Courtney Love. Alguns anos atrás, o guitarrista John Mayer brincou e disse que um dos grandes feitos de sua carreira foi completar 28 anos de idade e ainda estar vivo.
2) Robert Johnson e o pacto com o diabo
O blueseiro do Mississipi influenciou diversos ícones do rock atual, como Jimmy Page e Eric Clapton, e teria mudado o futuro do rock com suas composições ricas em slides de guitarra. Na metade da década de 1930, o músico buscava a companhia de outros compositores, mas eles o evitavam, pois Robert não sabia tocar tão bem. Isso durou até o dia em que ele desapareceu e retornou seis meses depois com habilidades fascinantes, tornando-se o melhor músico da região.
O mito que se espalhou era de que Robert havia feito um pacto com o diabo para tocar bem. Alguns acreditavam que a catarata em seu olho, quando sob a luz, refletia reluzente e assemelhava-se ao “olho do diabo”. Além disso, durante algumas apresentações, Robert se virava de costas para o público, evidenciando que tinha algo a esconder.
A verdade é que Robert aprendeu a tocar com Ike Zimmerman (apelidado de “devil”) em aulas periódicas em cemitérios durante a noite. Ele se virava de costas para esconder seus riffs e improvisações dos outros guitarristas presentes no local.
O músico tinha costume de arranjar uma companheira a cada cidade que passasse. Infelizmente, em 1938, Johnson faleceu devido a uma bebida envenenada pelo marido de uma de suas pretendentes. O mais estranho é que há três covas destinadas a Robert Johnson no Mississipi. A verdadeira? Nunca saberemos.
3) A “morte” de Paul McCartney
Paul McCartney supostamente morreu em 1966 em um acidente de carro, e há dezenas de provas de que ele foi então substituído por um sósia. Essa lenda urbana do rock é acreditada até os dias de hoje. O fato é que, após 1966, os Beatles mudaram seu estilo, tanto musical quanto visual.
Os integrantes restantes (John, Ringo e George), descontentes com a substituição, teriam colocado pistas para os fãs mais atentos em suas composições. Ao final de “Strawberry Fields Forever”, por exemplo, pode-se ouvir “I buried Paul”, se tocada ao contrário. Mas isso não passa de um direcionamento da mente dos ouvintes, pois é possível ouvir também “cranberry sauce” exatamente no mesmo trecho, de trás pra frente.
A “evidência” mais clássica está na capa do disco Abbey Road. Paul estaria representando um defunto, enquanto ele e o restante da banda (John é Jesus, George é o coveiro e Ringo é o agente funerário) estariam indo rumo a seu enterro. O álbum Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band também possui algumas pistas. Na parte de trás do álbum estão estampados os quatro Beatles em um fundo vermelho – Paul é o único de costas e George está disfarçadamente apontando para ele.
Quer mais uma? A primeira frase da canção “She’s Leaving Home” diz “wednesday morning at five o’clock, as the day begins” (quarta-feira às cinco da manhã, ao começo do dia). Dizem que Paul teria morrido no dia 9 de novembro de 1966. E coincidiu de ser qual dia da semana? Sim, uma quarta-feira.
4) O número 9 de John Lennon
John Lennon era tão supersticioso que acreditava que o número 9 controlava absolutamente tudo em sua vida. Ele nasceu às 18h30 (6h30 P.M., sendo que 3+6=9), em 9 de outubro de 1940 na cidade de Liverpool (cujo nome possui nove letras). Sua amizade com o beatle Paul McCartney (o único a ter nove letras em seu sobrenome) levou a belíssimas composições.
A banda tocou no programa de Ed Sullivan em 9 de fevereiro de 1964, e Lennon tinha certeza de que, com aquele número 9 na data, a apresentação seria um sucesso. John e Yoko (que se conheceram em 9 de novembro de 1966) mudaram-se para os EUA em 1971. Exatos 9 anos depois, em 1980, Lennon foi friamente assassinado e levado para o hospital Roosevelt (que sim, possui 9 letras no nome) da 9th Street.
5) O pacto do Led Zeppelin
O sucesso estrondoso do Led Zeppelin levantou suspeitas de que os integrantes da banda haviam feito um pacto com o demônio. Na época, já era popular a história de que Robert Johnson teria feito um pacto com o coisa-ruim e, pelo fato de Robert Plant (vocalista) e Jimmy Page (guitarrista) serem amantes de blues, as conexões eram ainda mais fortes. Além disso, Page e o baterista John Bonham tinham conhecimento do chamado “oculto”. Três dos quatro integrantes teriam feito esse “pacto do sucesso”, pois somente o baixista John Paul Jones teria recusado.
Após Page deixar de terminar uma gravação prometida a um terceiro, o que quebrou o suposto pacto, as coisas começaram a dar errado para a banda: Bonham foi por muito tempo vítima de acidentes automobilísticos (o que levou ao cancelamento de shows), John Paul Jones fraturou um dedo de sua mão esquerda, interrompendo uma turnê, e Robert Plant e sua mulher sofreram um grave acidente de carro. Acredita-se ainda que Page é tão poderoso que a maldição deixou de afetá-lo.
6) Jim Morrison e seu sósia
Há diversas histórias e teorias sobre a morte de Jim Morrison no dia 3 de julho de 1971. Algumas dizem até que o músico teria falecido anos antes dessa data. Outras dizem que ele forjou sua morte, o que explica o fato de Jim ser enterrado antes de sua própria família ver o corpo e em um funeral com caixão fechado, com pouquíssimos presentes.
Assim como no caso de Paul McCartney, dizem que haveria um sósia no lugar do até então vocalista do The Doors, só que, dessa vez, o músico teria escapado, e o corpo encontrado seria de sua suposta “cópia”. Evidências: os demais integrantes da banda declararam que o caixão em que ele foi enterrado seria curto demais e o governo de Paris colocou dois seguranças ao lado de sua cova.
7) O suicídio (ou homicídio) de Kurt Cobain
Sem dúvidas o integrante do Clube dos 27 mais popular dos anos 1990, Kurt Cobain supostamente tirou sua vida em 1994, três anos após o lançamento de Nevermind, um disco que mudou gerações e criou um exército de fãs entoando o hino “Smells Like Teen Spirit”.
Um mês antes de sua morte, o rapaz de Seattle entrou em coma por overdose enquanto estava em Roma. Sua mulher diz tê-lo salvado esse dia por ter acudido e pedido socorro – segundo estudiosos do caso, uma tentativa de tirar as suspeitas de que ela posteriormente seria a assassina.
Oficialmente, Kurt se matou com um tiro na cabeça em 5 de abril de 1994 na estufa de sua casa em Seattle, sendo encontrado três dias depois. O detetive Tom Grant, contratado para investigar a morte, declarou que as doses de heroína no sangue de Cobain eram suficientes para incapacitá-lo de cometer suicídio.
O jornalista Charles R. Cross, autor da biografia Mais Pesado que o Céu, se expressa bem ao procurar entender os sentimentos de Kurt durante esse período, utilizando a carta de despedida como comprovação do suicídio. Já o filme Soaked in Bleach, lançado em 11 de junho desse ano, conta um lado mais policial, com depoimentos e as investigações criminais, deixando claro favorecer as teorias de que Courtney matou Kurt.
O legado de Kurt e teorias sobre sua misteriosa morte ainda enriquecem o mundo do entretenimento, mesmo 20 anos depois do ocorrido. Rest in peace, Kurt Cobain.