Perdido no gelo: “péssima ideia atravessar para este lado… devia ter ficado em Winterfell”
Depois de muita ansiedade, os gamers que gostam da história finalmente podem se acabar com o novo arrasa-quarteirão da Ubisoft: Assassin’s Creed 3 (PS3, Xbox 360, PC, Wii U), que saiu em outubro do ano passado. O game agora possui um novo protagonista, Connor Kenway, e um multiplayer sangrento de cair o queixo.
Vamos falar da campanha solo. A história começa na Inglaterra em 1754 com o pai de Connor, Haytham Kenway, se dirigindo até Boston, uma das 13 colônias britânicas que, anos mais tarde, dariam origem aos EUA. Lá ele começa a conspirar com figuras históricas tais como Charles Lee, Benjamin Church, Thomas Hickey, John Pitcairn e Willam Johnson.
Mas por que isso? O pessoal que jogou os games anteriores da série sabe que Assassinos e Templários estão à procura dos pedaços do Éden que, juntos, dão um poder além do normal para quem o possui. Haytham organizou uma comitiva para encontrar essas partes. Ele encontra a caverna onde uma das peças deveria estar, mas a chave que havia adquirido em Londres não abre a porta.
Nesse momento, começa a história de Connor. Sua vila é atacada por Templários e ele jura não descansar até achar os responsáveis. Anos depois, recorre à Ordem dos Assassinos para se tornar um justiceiro sem fronteiras e achar os homens que acabaram com sua vila. Durante a sua vingança, ele percebe que o povo está cansado do domínio dos ingleses e decide se juntar aos Filhos da Liberdade, que tinham como comandante George Washington.
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No game, o Assassino passa por episódios que fazem parte da história norte-americana, como a Batalha de Bunker Hill, a Festa do Chá de Boston, o Congresso Continental e a cruzada do Rio Delaware. Isso sem falar nas figuras históricas com quem ele conspira para obter uma grande revolução, que vão desde Sam Adams, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson até o manda-chuva George Washington.
O modo multiplayer está muito mais sangrento e brutal do que o do game passado, Revelations. Desta vez, os personagens que os jogadores controlam estão mais, vamos dizer, “tecnológicos”. Eles possuem, por exemplo, uma bússola que os ajuda a localizar melhor o objetivo e também uma audição sobrenatural que auxilia o jogador para saber se o inimigo que te persegue está próximo. Se você ouvir batimentos cardíacos e sussurros, meu amigo… corra como nunca antes.
O motor gráfico que a Ubisoft usou, AnvilNext, foi muito elogiado por produtoras de outras empresas e também por muitas revistas especializadas no assunto. Ele recria os cenários do século 18 com uma perfeição de cair o queixo, além de reproduzir perfeitamente o clima das regiões. No inverno de Nova York, por exemplo, estão lá o chão branco e as copas das árvores cheias de neve. Isso sem falar na perfeição dos personagens, que estão extremamente realistas.
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As batalhas navais seguem aquele mesmo estilo: o jogador tem que controlar o navio, escolher qual o tipo de vela certa para navegar e mirar bem no navio inimigo para que ele afunde. Cansado da Campanha? Recomendo jogar essas batalhas navais que tem no game.
Mas teve algo de que eu não gostei: a parte em que o protagonista, Desmond Miles, se aventura no Brasil. O game retratou o nosso país como um lugar sujo, bagunçado, com mulheres usando trajes sumários (até que não estavam errados nisso…) e, claro, com um sotaque ridículo. Como dizem por aí, a Ubisoft “varzeou” nessa fase.
Com mais de 60 nomeações na E3, Assassin’s Creed 3 tem tudo para ser o game do ano.