Preview de Superman: Future’s End
A minissérie Fim dos Tempos, que foi o grande evento da DC Comics em 2014, está chegando às bancas brasileiras pela Panini. Desde abril, a editora lança mensalmente a minissérie, que já tem 6 volumes, compilando as edições 0 a 29 do título gringo (foram 48 nos EUA no total).
Para acompanhar a aventura, a editora colocou nas bancas em agosto oito revistas complementares à série. Sob o preço de R$ 19,90 e com média 100 páginas por revista, cada spin-off aborda um herói diferente e, com ele, os demais heróis e vilões que fazem parte de sua trama. São oito títulos: Constantine, Lanterna Verde, Universo DC, Arqueiro Verde, Superman, A Sombra do Batman, Liga da Justiça e Batman.
Apesar de a história central de Fim dos Tempos se passar 35 anos no futuro, os acontecimentos dos spin-offs se dão apenas 5 anos à frente do presente, época na qual os personagens envolvidos na saga começam a entender o tamanho do conflito que irão enfrentar. Dentro de cada revista, encontram-se várias histórias vividas por diversos personagens, mas todas apontam para o mesmo lugar: o que acontecerá no futuro e como será o fim dos tempos.
O período é complicado para todos, até para os magos. Constantine, usando de sua sagacidade habitual, se prepara para um futuro incerto, se apropriando de um dos maiores poderes do multiuniverso. Com um possível final se aproximando, o Vingador Fantasma passa por mais um julgamento divino, mas dessa vez seus jures têm outras intenções. Pandora precisa enfrentar os poderes mais complexos que já imaginou: os próprios. Enquanto isso, Zatanna precisa tomar decisões importantes e desafiadoras, enfrentando a Casa dos Mistérios. Todos os fatores e todos os magos tomam rumos críticos, traçando um caminho sem volta.
O Irmão-Olho, o grande vilão da série, e a guerra entre a Terra e Terra 2 criam caos no Universo DC, colocando a Liga da Justiça em uma situação decisiva. Flash, Batman, Superman e Aquaman se desdobram para se proteger e proteger seu mundo, enquanto os demais heróis começam a sofrer com a crueldade do Irmão-Olho, tomando atitudes de verdadeiros vilões, como no caso da Mulher Maravilha. Nesse contexto, personagens como Superboy, Supergirl, os Robins, a Batgirl, Batwoman, Equinox e Os Novos Titãs entram em evidência, ajudando os grandes heróis que ainda restam ou combatendo os que já começaram a ser transformados em uma espécie de robôs controlados pelo Irmão-Olho.
Com a ascensão dos ajudantes e dos heróis mais jovens, os grandes nomes já conhecidos da Liga de Justiça, de outras organizações ou solitários começam a cair. Como o caso de Arqueiro Verde, que é substituído por Emiko, ou Arqueira Verde, sua irmã, que se envolve com o Esquadrão Suicida na última aventura do Pistoleiro com o grupo. Algumas Aves de Rapina também se aliam ao Esquadrão, mas é entre Arlequina e os clones do Coringa que o grupo enfrenta um problema maior.
Os vilões de Gotham são inseridos nesse futuro caótico, com truques de Coringa e Arlequina para finalmente destruir seu maior inimigo: Batman. Charada, que também já tentou investidas contra o Homem Morcego, aparece como seu aliado, mas os problemas de Gotham se intensificam quando o Batman do Futuro volta ao passado e encontra sua cidade com problemas que só ele pode resolver, como uma Batwoman vampira, um time inteiro de Batgirls e um Robin desconhecido.
Em paralelo aos problemas ocorridos na Terra, o cosmo, mesmo protegido pelas fortes tropas do Espectro Emocional, precisa dos Lanternas Verdes para se estabilizar, os quais enfrentaram outros Lanternas para cumprir com sua missão, como os Lanternas Amarelas e os Lanternas Vermelhas.
Contando as histórias individuais, os quadrinhos dão a oportunidade de o leitor entender melhor o que acontece na minissérie principal e o motivo de acontecer. As histórias são curtas e bem escritas, algumas delas estabelecendo interações entre si. Essas interações são ótimas, capazes de instigar o leitor a ler os próximos capítulos.
A aparição e participação de heróis que geralmente não são tão explorados pelos quadrinhos, assim como o envolvimento dos personagens de outros universos, dinamiza a minissérie, sendo um diferencial positivo. O material gráfico não deixa a desejar, com capas duplas que interagem entre si e uma boa arte.
Em resumo, os spin-offs de Fim dos Tempos, apesar de apresentarem histórias complementares e não concluírem a trama, são uma ótima pedida para quem gosta de spin-offs e de se aprofundar nos quadrinhos que lê, construindo uma linha do tempo mais sólida para quem lê a série inteira.