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5 gênios e seus hábitos não muito geniais

Nicolas Tesla fazia centenas de exercícios para os dedões dos pés, já Pitágoras tinha horror a feijão. Nem todos os cientistas eram geniais o tempo todo.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 15h18 - Publicado em 13 jun 2017, 18h09

Arroz com Pitágoras

Será que é possível alguém ter PAVOR a um legume?

É. Acredite se quiser: Pitágoras, o matemático e filósofo da Grécia Antiga, tinha horror a feijões. Prova disso é a ilustração cômica ali em cima, feita em 1512 e hoje exposta em um museu na França. Seus discípulos estavam entre os primeiros vegetarianos da história e aceitavam de bom grado restrições alimentares simbólicas – como o infeliz caso da leguminosa. Até hoje ninguém sabe qual era a justificativa para a proibição do coitado do feijão. 

(Dominio Público/Reprodução)

Durma bem, Einstein

A lenda de que o físico Albert Einstein dormia pouquíssimas horas por ano corre solta pela internet. Mas além de improvável do ponto de vista biológico – até gênios precisam de descanso –, essa história já foi desmentida na prática pelo biógrafo Walter Isaacson. Segundo ele, o pai da relatividade fazia justamente o oposto: dormia no mínimo oito horas por dia, e considerava um bom sono imprescindível para se tornar uma máquina de sacadas na manhã seguinte. Volta e meia passava até dez horas na cama, bem mais do que as sete horas e meia do brasileiro médio.

O hábito não é excêntrico: é saudável, e tem bases científicas. Em pesquisas como essa, voluntários passaram um período tentando resolver um quebra-cabeças matemático. Ele até podia ser resolvido na base da insistência, mas quem tinha um momento de eureka! e notava a lógica se dava melhor. Após a primeira tentativa de resolução, metade dos participantes ia dormir, e outra metade ficava acordada. Ao voltar para uma nova rodada do jogo, quem tirou uma soneca tinha o insight mágico com duas vezes mais frequência. Dorminhocos de todo o mundo, uni-vos ao Einstein!

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(Dominio Público/Reprodução)

O dedão mágico de Tesla

Quase todas as realizações do sérvio Nikola Tesla têm uma pitada de loucura – certamente não há nada de normal em fazer cálculo integral de cabeça aos 14 anos, afinal. Mais tarde, quando já vivia nos EUA, o engenheiro mecânico concluiu que a inteligência e eletricidade andavam de mãos dadas, e propôs, com o aval das autoridades, eletrificar as paredes de salas de aula para melhor o desempenho escolar das crianças norte-americanas – a ideia, felizmente, nunca saiu do papel.

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A lista acima é só uma amostra grátis da cabeça fora de série (e meio sem noção) de Tesla, mas nada supera em bizarrice seu exercício noturno favorito: contrair os dedões do pé mais de cem vezes seguidas, hábito que, segundo ele, estimulava suas conexões cerebrais. A recomendação, sem comprovação científica, foi narrada pelo biógrafo Marc Seifer no livro Wizard: The Life and Times of Nikola Tesla. Como toda boa dica sem pé nem cabeça, foi bem recebida na cultura virtual, e se tornou presença garantida em listas de life hacks para executivos.

(Dominio Público/Reprodução)

Cura pela nudez

O jornalista, editor, autor, filantropo, político, abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata, inventor e (!) enxadrista Benjamin Franklin – figura central da Revolução Americana – tinha uma método de tratamento peculiar para doenças como a varíola – ou simplesmente para manter a saúde em dia: o banho gelado seco. Ele pode explicar em suas próprias palavras, disponíveis no franklinpapers.org. “Vou aproveitar a ocasião para mencionar uma prática a que me acostumei. Você sabe que há muito tempo o banho frio está em voga como um tônico popular por aqui, mas o choque da água gelada sempre me pareceu, falando de forma geral, violento demais. Eu percebi que é muito mais agradável para a minha constituição me banhar em outro elemento, o ar frio. Com isso em vista, eu levanto quase toda a manhã e me sento em meu quarto, sem quaisquer roupas, por meia hora ou uma hora, de acordo com a estação, lendo ou escrevendo. Essa prática não é nem um pouco dolorosa, pelo contrário, é agradável, e se eu volto à cama depois, antes de me vestir, eu suplemento meu descanso noturno com uma ou duas horas do sono mais agradável que se possa imaginar (…) Não fere minha saúde, se é que não contribui muito para sua preservação. Doravante o chamarei de banho tônico.”

Em outras palavras, se quiser mudar a história da humanidade, dê uma volta pelado no frio de Washington.

(Reprodução/Domínio Público)

O Twitter old-school de Buckminster Fuller

Você talvez não conheça o arquiteto e inventor Buckminster Fuller pelo nome, mas já viu sua criação mais famosa: a cúpula geodésica, que decora o Epicot Center da Disney e têm uma série de importantes aplicações teóricas e práticas na arquitetura e engenharia. Sem mais delongas, vamos a sua lista de hábitos.

Fato nº1: seu fascínio pelas esferas multifacetadas era tão grande que ele foi morar em uma, construída sob medida com a ajuda de sua esposa. Vale muito a pena clicar nesta foto, em que ele aparece diante de sua obra, devidamente redonda.

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Fato nº2: ele viajava de avião com três relógios de pulso, cada um ajustado para um país diferente. A ideia era evitar confusões com fuso horário.

Fato nº3: entre 1920 e 1983, quando morreu, ele atualizava seu diário de 15 em 15 minutos todos os dias, sem falta. O resultado? Uma pilha de anotações de 82 metros de altura, que contém cada detalhe da sua vida e está muito bem guardada na Universidade de Stanford. O nome do projeto é devidamente incompreensível: Dymaxion Chronofile. 

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