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7 coisas que é melhor não revelar sobre si mesmo no trabalho

Falar sobre si mesmo no trabalho é importante para construir vínculos com os demais. Mas alguns pensamentos é melhor não dividir com ninguém, diz psicólogo

Por Claudia Gasparini, de Exame.com
Atualizado em 26 dez 2017, 15h08 - Publicado em 26 dez 2017, 14h56

Falar sobre si mesmo no trabalho é importante — e muitas vezes indispensável — para o sucesso. Afinal, não dá para construir vínculos e alimentar o seu networking de você não se abre minimamente para colegas, clientes, chefes e subordinados.

Por outro lado, ignorar as fronteiras entre vida pessoal e profissional pode trazer sérios riscos para a sua reputação.

“Revelar as coisas erradas pode ter um efeito devastador sobre a sua carreira”, diz o psicólogo norte-americano Travis Bradberry em artigo no LinkedIn. “Você precisa ter um limite e tomar cuidado para não atravessá-lo, porque, uma vez feito isso, não tem como voltar atrás”.

O segredo para se expor de forma segura e equilibrada é a inteligência emocional. Quem tem essa competência é capaz de ler as dinâmicas mais sutis de cada ambiente e analisar o comportamento alheio.

Essas habilidades são fundamentais para determinar o que pode ser compartilhado socialmente e o que é melhor guardar para si.

Via de regra, diz Bradberry, estas são 7 informações que ninguém deveria revelar sobre si mesmo no trabalho:

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1. Suas crenças políticas

Diante da polarização ideológica instalada no Brasil e no mundo, as opiniões políticas formam uma parte quase indissociável da identidade de cada um. “Discordar com as visões de alguém no trabalho pode rapidamente prejudicar a imagem positiva que aquela pessoa tinha de você”, escreve o psicólogo no LinkedIn. “Confrontar os valores de alguém é uma das coisas mais ofensivas que você pode fazer”, diz ele.

É mais estratégico escutar o que os seus colegas e chefes têm a dizer, da forma mais neutra e respeitosa possível. Hoje os ânimos andam tão aflorados que até um olhar de reprovação pode desencadear um conflito. Para Bradberry, contestar a opinião política de uma pessoa tem mais chances de irritá-la do que de fazer com que ela repense suas ideias.

2. Quem você acha incompetente na equipe

Em qualquer ambiente de trabalho, é comum haver uma figura que todos identificam como a menos comprometida ou eficiente do grupo. Mas esse consenso silencioso não dá aval para a maledicência. Segundo Bradberry, revelar a sua opinião sobre a incompetência de um colega pode parecer uma tentativa insegura de valorizar o seu próprio desempenho.

Se você não tem o poder de demitir aquela pessoa, ou fazer com que ela melhore a sua entrega, é melhor se calar. O hábito de falar mal dos outros no trabalho sempre se vira contra o agressor: se você não controla o seu próprio veneno, mais cedo ou mais tarde se tornará o alvo da vez.

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3. Seu salário

Nem todas as empresas têm uma política estruturada de remuneração, e eventuais incongruências podem gerar um forte sentimento de injustiça. Assim, por mais que seja tentador revelar os números do seu holerite, é melhor se calar a respeito disso. Até boas notícias como aumentos salariais merecem discrição.

A partir do momento em que você e seu colega souberem quanto cada um ganha, vocês nunca mais se verão da mesma forma. “Uma vez revelada essa informação, tudo que você fizer no trabalho será visto como algo inadequado para a sua faixa salarial”, escreve Bradberry.

4. O fato de que você odeia o seu emprego

Pessoas negativas ou queixosas são muito mal vistas em qualquer ambiente de trabalho. Por isso, por mais que você realmente esteja sofrendo no seu emprego atual, é melhor pensar duas vezes antes de abrir o seu coração para os demais.

De acordo com Bradberry, os chefes são rápidos em perceber quem são as pessoas que estão deprimindo o ânimo da equipe com as suas reclamações. Se você não quer ser substituído por alguém mais “bem-humorado”, é melhor conter as suas queixas e discretamente buscar emprego em outro lugar. Leia também: Descubra com a ContaAzul como engajar a equipe e fazer sua empresa crescer Patrocinado

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5. Sua vida sexual

Segundo Bradberry, compartilhar com colegas o que você faz entre quatro paredes é sempre uma má ideia. “Comentários do tipo podem provocar algumas risadas, mas muita gente vai se sentir desconfortável ou até ofendida”, escreve o psicólogo. “Cruzar essa linha vai ferir instantaneamente a sua reputação”.

O mesmo vale para o que você imagina sobre a vida sexual alheia. De acordo com o especialista em inteligência emocional, quem faz perguntas ou comentários sobre a intimidade dos outros no trabalho pode ser visto como alguém invasivo, pouco confiável ou até assustador.

6. Histórias malucas sobre a sua juventude

Tem uma história muito engraçada sobre uma festa em que bebeu até cair aos 19 anos? Adora falar sobre o seu hábito de roubar pequenos objetos quando era mais novo? Muitos anos podem ter transcorrido desde então, mas nem por isso as pessoas vão necessariamente acreditar que você amadureceu. O seu passado diz muito sobre você, diz Bradberry.

Basta ver os políticos: muitos já foram e continuam sendo eleitos apesar de histórias pouco abonadoras sobre o seu passado — mas só depois de um árduo trabalho de convencimento feito pela sua equipe de relações públicas. Como você não conta com essa “infraestrutura” para limpar o seu nome, é melhor guardar as suas anedotas para si mesmo.

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7. Seus planos de mudar de emprego

Bradberry conta que, quando era criança, cometeu o equívoco de contar ao seu treinador de beisebol que ia abandonar o time dentro de duas semanas. Durante todo aquele período, ele foi rotulado como “o menino que não quer estar aqui” e amargou o banco de reservas enquanto os demais jogavam e se divertiam.

O mesmo vale para a vida profissional, conclui ele. “Ao revelar que pretende ir embora, você de repente se transforma numa perda de tempo para todo mundo”, escreve o psicólogo. “Também existe a possibilidade de que a sua busca por um novo emprego não dê certo, então é melhor esperar algo mais concreto antes de espalhar a informação para todo mundo”.

 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Exame.com

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