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Como escolher o banheiro público mais limpo, segundo a ciência

Para evitar a tentativa e erro na rodoviária, entenda a psicologia por trás da escolha das pessoas

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 dez 2017, 19h01 - Publicado em 10 abr 2017, 18h01

Criar uma camada protetora de papel higiênico, agachar com o joelho em 90º… Cada pessoa tem seu ritual na hora de usar um banheiro público que não tem aquela limpeza cinco estrelas.

Mas se você está frente a frente com uma fileira de banheiros de rodoviária e não quer fazer o teste do nariz em cada um, pode se aproveitar do conhecimento sobre a psicologia alheia para fazer sua escolha.

Uma das tendências humanas bem estabelecidas pela psicologia é a “preferência de centralidade”. Se tivermos uma fileira de opções que parecem igualmente boas, tendemos a escolher uma das centrais.

Mas o que isso tem a ver com banheiros públicos? Bem, psicólogos da Universidade da Califórnia em San Diego quiseram testar esse princípio em situações reais.

Um dos experimentos foi feito em um dos banheiros públicos em frente a uma praia californiana. Ele tinha quatro boxes idênticos, com o mesmo tamanho, distribuídos em fila.

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Os pesquisadores não filmaram nem entrevistaram os banhistas para saber que box eles tinham acabado de usar. No lugar disso, entraram em contato com a equipe da limpeza do banheiro, que já tinha o hábito de manter um registro de todas as vezes que trocavam o rolo de papel higiênico de cada box.

Depois de 10 semanas acompanhando esses dados, os pesquisadores concluíram que 60% dos rolos terminados vinham dos dois banheiros do meio. Só 40% vinha das pontas, indicando um fluxo de uso significativamente maior no centro.

Se você quer evitar os banheiros com “mais quilômetros rodados”, por assim dizer, a dica é fugir do meio e ficar o mais próximo possível da parede. Vale lembrar, porém, que a conclusão dá margem para o azar: você pode acabar em um box usado apenas uma vez, mas onde a bagunça foi mais grave.

Se for o caso, abandone toda e qualquer estatística: dê um passo para trás e faça aquela careta para avisar os coleguinhas de banheiro que o uso daquele box é contraindicado para pessoas com coração fraco (ou com um mínimo de higiene).

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