Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Conheça a substância que bronzeia a pele – sem precisar ficar no sol. (E não é tinta!)

Nova técnica de bronzeamento ativa a produção de melanina até nas peles mais claras, e de quebra protege contra câncer de pele

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 jun 2017, 13h28

A eleição de Donald Trump sem dúvida é um assunto sério. Mas seu cabelo e pele não são. Em setembro do ano passado, Jason Kelly – maquiador contratado para cuidar da aparência dos candidatos republicanos durante a campanha – contou o que está por trás da pele alaranjada do empresário a uma revista norte-americana.

“Sei exatamente o que ele faz consigo mesmo. A cama de bronzeamento, o spray de bronzeamento, ele usa óculos de proteção e você pode ver a hiperpigmentação em volta dos seus olhos. O que eu vou fazer é usar uma cor levemente mais escura e misturá-la com seu bronzeado para que não haja um contraste abrupto”, revelou Kelly à Harper’s Bazaar.

Agora a eleição acabou, e os problemas de pigmentação de Trump também. Pesquisadores da Universidade de Massachusetts criaram uma substância química capaz de estimular a pele a produzir melanina (o pigmento natural do corpo humano) mesmo sem ser exposta ao sol. O truque funciona até com quem não tem predisposição genética para ganhar “um bronze” – e costuma ficar vermelho como uma lagosta após um dia na praia. 

“Eu não diria que o método é bronzeamento artificial. O bronzeamento é de verdade, só que sem sol”, afirmou ao jornal britânico The Guardian David Fisher, líder da pesquisa.

O produto já foi testado e aprovado em ratos e em amostras de pele, e os testes clínicos, em seres humanos reais, estão para começar. A técnica sem dúvida é um avanço em relação ao laranja fake característico de Trump ou Vera Fischer, mas os pesquisadores afirmam ter uma motivação bem menos fútil para desenvolvê-la: melhorar a resistência ao câncer de pele em pessoas que são brancas demais para o próprio bem.

No artigo científico, os cientistas descrevem os efeitos do inibidor de SIK, nome da molécula mágica, em um ratinho de laboratório ruivo (e depilado): a pele debaixo dos pelos ficou negra como nanquim – difícil mesmo é controlar a dose.

Continua após a publicidade

Em mamíferos, o principal gene responsável por estimular a produção de melanina se chama MC1R. Em pessoas de pele muito clara, ele carrega uma mutação que o torna incapaz de desencadear os processos químicos que escurecem a pele. A aplicação do inibidor diretamente sobre a pele, como foi feito com as cobaias, impede o gene de se manifestar, e permite que o corpo escureça a si próprio por alguns dias, mesmo sem exposição à luz. 

O método é reversível – em no máximo uma semana a pele volta à cor normal – e, quando estiver pronto para aplicações comerciais, deverá ser usado com pouca frequência e em parceria com o protetor solar. 

Segundo os pesquisadores, os protetores disponíveis atualmente não são tão eficientes contra formas mais agressivas de câncer de pele quanto o bronzeado natural que algumas pessoas, por razões genéticas, são capazes de adquirir com maior facilidade. Quando essas pessoas usam protetor, elas acabam inibindo a própria produção de melanina e impedindo o corpo de colaborar com a proteção.

Continua após a publicidade

Estimular a produção de melanina antes da exposição ao sol, portanto, cria de antemão uma barreira contra complicações que protetores tradicionais não podem impedir. “O filtro solar é muito importante, e ele definitivamente protege, mas sua eficácia contra o melanoma e carcinoma basocelular é incompleto de uma maneira frustrante”, afirma Fisher. “A pele de pessoas que ficam bronzeadas com facilidade é mais protetora que qualquer FPS.”

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.