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Consumo de refrigerante cai nos EUA

Eles conseguiram reduzir o consumo de bebidas com açúcar na última década, principalmente por crianças. Resultado: estabilização das taxas de obesidade

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 nov 2017, 19h09

Adeus, bolhas: uma pesquisa com 46,5 mil norte-americanos – 27,5 mil deles, crianças ou adolescentes – revelou que os EUA estão consumindo cada vez menos refrigerante.

Entre 2003 e 2014, o número de menores de idade que haviam consumido bebidas com alto teor de açúcar no dia da execução da pesquisa caiu de 80% para 61%. Entre os entrevistados adultos, por sua vez, o número foi de 61,5% para 50% no mesmo período. Foram considerados sucos industrializados, leite, refrigerantes normais ou diet, café, chá, isotônicos, água e álcool.

O número de calorias em estado líquido ingeridas por dia também caiu: as crianças foram de 473 a 312 calorias diárias em 10 anos. Os adultos, de 425 a 341. Embora a conscientização tenha aumentado em relação às bebidas industrializadas como um todo, as iniciativas de combate ao refrigerante – como mudanças no cardápio das escolas e implantação de impostos em algumas cidades – foram as maiores responsáveis pelos números otimistas, que vieram acompanhados de uma estabilização das taxas de obesidade nos EUA.

A queda, porém, não foi uniforme. Os pesquisadores responsáveis, da Escola de Saúde Pública de Harvard, apontam que alguns grupos populacionais – como universitários, negros e mexicanos – não estão seguindo a tendência, e ainda consomem quantidades preocupantes de bebidas gaseificadas. “Esses grupos, que tendem a ser de baixa renda, sofrem com um maior risco de obesidade”, explicou ao The Guardian Sara Bleich, uma das pesquisadoras.

No Brasil, ainda estamos distante de projetos que envolvam a taxação de refrigerantes. Uma pesquisa feita pelo Datafolha em setembro deste ano revelou que, diante de um aumento nos preços, 74% dos brasileiros consumiriam a bebida com menos frequência.

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