Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Contar mentirinhas vicia o cérebro, revela estudo

Experiência mostra que o cérebro tenta fazer de você uma pessoa honesta - mas uma hora ele desiste

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 11h46 - Publicado em 28 out 2016, 11h45

Mentir não faz o nariz crescer – mas pode mexer, de outra forma, com o seu corpo. De acordo com um novo estudo realizado pela Universidade de Londres, contar mentirinhas leves provoca alterações físicas no cérebro, que se torna mais propenso a optar por mentiras em momentos importantes.

Quando contam alguma mentira, as pessoas geralmente se sentem um pouco mal. Essa reação é provocada pela amígdala, uma região cerebral que também é ligada às sensações de medo, e funciona como uma espécie de freio natural, limitando a quantidade de mentiras que as pessoas contam. Mas os cientistas descobriram que, se você contar uma sequência de pequenas mentiras, sem muita importância (na linha ‘o seu penteado ficou ótimo’ ou ‘não vi o email’), esse freio vai ficando mais fraco.

LEIA: 50 dias sem mentir (ou quase)

Para calcular isso, os pesquisadores reuniram 80 voluntários, e escanearam o cérebro deles enquanto jogavam um jogo. A brincadeira consistia em adivinhar quantas moedas havia em um pote e transmitir, por meio de um computador, a estimativa a outra pessoa. O jogo tinha várias modalidades. Numa delas, você era estimulado a dar uma mentidinha, superestimando a quantidade de moedas do pote – porque isso fazia você ganhar mais pontos, e a outra pessoa menos. Conforme o jogo avançava, os voluntários eram estimulados a mentir cada vez mais – e a atividade na amígdala se tornava cada vez menor. Era como se o cérebro estivesse se adaptando ao ato de mentir.

Continua após a publicidade

“A amígdala limita a extensão do quanto mentimos”, diz a psicóloga Tali Sharot, líder do estudo. “Mas essa resposta vai diminuindo conforme as mentiras ficam maiores. Isso pode levar a uma reação em cadeia, em que pequenos atos de desonestidade acabam levando a mentiras maiores”, acredita.

Para os pesquisadores, a capacidade que o cérebro tem de se acostumar não se aplica apenas às mentiras. “Nós só testamos a desonestidade das pessoas nesse experimento, mas o mesmo princípio talvez seja aplicável a outras ações, como se expor à riscos ou ter comportamentos violentos”, afirma o cientista Neil Garrett, co-autor do estudo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.